Marcus Hutchins, 'herói' do WannaCry confessa ter colaborado com vírus bancário

Enviado por okardec, em

Autoridades acusaram Marcus Hutchins de ter auxiliado criminosos antes de trabalhar como pesquisador de segurança.

O pesquisador de segurança Marcus Hutchins, conhecido como MalwareTech, confessou na semana passada ter criado um código que foi utilizado em uma praga digital destinada ao roubo de senhas bancárias. O especialista ganhou notoriedade em maio de 2017, quando se aproveitou de um detalhe técnico da programação do vírus de resgate WannaCry para barrar a propagação da praga digital.

Em um comunicado publicado em seu site, o pesquisador disse estar arrependido e que aceita ser responsabilizado pelos seus atos.

Hutchins é britânico e foi detido nos Estados Unidos em agosto de 2017 em Las Vegas, meses após ele ter ficado conhecido como uma espécie de "defensor da internet". Ele havia viajado para participar das conferências de segurança Defcon e Black Hat, que ocorrem anualmente na cidade, e estava voltando para o Reino Unido quando foi abordado pelas autoridades.

Hutchins de fato ajudou a defender a internet ao interferir no funcionamento do WannaCry. No entanto, investigadores dos Estados Unidos descobriram que, entre julho de 2012 e setembro de 2015, o pesquisador manteve vínculo com diversos indivíduos envolvidos com crimes digitais e colaborou escrevendo um código de programação usado no Kronos, um vírus utilizado no roubo de senhas bancárias.

Logo após ser preso, o pesquisador se declarou inocente. Na semana passada, porém, mudou sua posição.

"Eu me arrependo destas ações e aceito toda a responsabilidade pelos meus erros. Eu cresci e tenho utilizado as mesmas habilidades que usei de forma errada por vários anos para fins construtivos. Eu continuarei dedicando meu tempo para proteger as pessoas de ataques de malware", afirmou Hutchins, em um comunicado em seu site.

Embora tenha ganhado fama com seu trabalho no WannaCry, Hutchins já era conhecido por especialistas muito antes por seu trabalho de análise e detalhamento de outros códigos maliciosos.

A sentença do especialista ainda será definida pela corte norte-americano. Os crimes preveem até dez anos de reclusão, mas, sendo réu confesso e disposto a colaborar com as autoridades, Hutchins pode pegar uma pena menor do que a máxima.

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