Ex-funcionário afirma ter sido vítima de racismo e discriminação na Blizzard

Enviado por meganinja, em

Ex-funcionário da Blizzard Entertainment, Jules Murillo-Cueller relatou nesta terça-feira (09) ter sido vítima racismo e discriminação durante o período em que atuou na companhia.

Em um post intitulado "Razão real porque eu deixei a Blizzard Entertainment: abuso racial e discriminação", Murillo-Cueller, que começou a trabalhar para a empresa em 2013, indica que os episódios teriam começado em 2016, quando começou a trabalhar para a divisão de eSports de Hearthstone.

Murillo-Cueller afirma ainda ter sido deixado de fora de reuniões sobre componentes importantes da temporada de eSports do jogo, apesar de sua posição fixa no time e seu envolvimento direto com o tema.

No texto, o ex-colaborador da empresa alega ter sofrido injúrias frequentes de uma colega de trabalho, que indicava que ele teria uma "inclinação natural" para ser machista por ser de origem mexicana. "A suposição então se tornou que eu seria como todo mundo, e que minhas atitudes e crenças eram as de um machista mexicano", escreveu.

Ainda de acordo com Murillo-Cueller, a colega de trabalho afirmava que as provocações eram feitas "em tom de brincadeira" e que ficaram cada vez mais frequentes, apesar das reclamações "semanais" que ele levava aos superiores sobre os

Por conta do desgaste com os episódios e de longas horas de trabalho, o ex-funcionário diz ainda ter sido diagnosticado com depressão e ansiedade e ter chegado a considerar suicídio.

Murillo-Cueller deixou a Blizzard em abril de 2018 e reportou o episódio à Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos Estados Unidos.

Segundo ele, a decisão de falar publicamente sobre o tema só agora veio após o anúncio de que o personagem Soldado 76, de Overwatch, é gay – não por conta da mensagem em si, mas da empresa de onde ela vinha.

"A ideia de inclusão, de representação e 'toda voz importa' e 'pensar globalmente' nunca significou isso para mim e para outras pessoas de cor com quem falei. Porque até recentemente - nos últimos 2 anos - a comunidade teve algumas representações e iniciativas. Mas estamos realmente representados?", questionou.

Você pode ler o texto completo em inglês aqui.

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