O número de mulheres na indústria de games brasileira triplicou desde 2013, de acordo com o 2º Censo de Games, estudo realizado pela empresa Homo Ludens e apresentado pelo Ministério da Cultura durante o festival de jogos independentes BIG 2018.
Apesar do crescimento, os estúdios de games brasileiros ainda são ambientes ocupados em sua maioria por homens. As mulheres representam 20,7% dos funcionários de todas as desenvolvedoras nacionais consultadas pelo estúdio.
A pesquisa também mostra que há pouca diversidade de gênero e etnia entre os estúdios. Dos 2.731 trabalhadores da indústria, menos de 10% são negros (234), 0,8% são indígenas (24), e 0,4% são pessoas trans (12%). Dos 375 estúdios nacionais levantados pelo estúdio, apenas oito tem mulheres negras como sócias.
O estudo também revelou que o mercado brasileiro de desenvolvedores é, em sua maioria, bilíngue. 63,3% dos trabalhadores da indústria falam outra língua além do português, 47% têm material de divulgação em inglês e 43% já desenvolveram games em outro idioma.
Dentro das atividades profissionais autônomas da indústria, as cinco áreas que mais concentram trabalhadores são as de game design, arte, gestões de projetos, animação e controle de qualidade. A programação de jogos representa 30% é principal fonte de renda dos profissionais e 82% ganham em média R$ 1.908,00.
Outro dado levantado pelo censo diz respeito à origem das empresas de desenvolvimento de jogos digitais. Em 34,6% dos casos, os estúdios foram criados depois de identificada uma oportunidade de negócio. Cerca de 32% foram criadas a partir da união de pessoas que já trabalhavam em uma mesma empresa ou mesmo na informalidade. E 32,5% são empresas originadas com base no desenvolvimento de um projeto de jogo.