Tomada hostil: a Vivendi já detém 25,15% das ações da Ubisoft

Enviado por Anônimo, em

Se há uma trupe que os Guillemot realmente odeiam, esses são os executivos da Vivendi. A companhia foi para cima das empresas familiares com uma fome voraz, adquirindo ações da Gameloft e da Ubisoft de forma deliberada. No primeiro caso a gigante adquiriu 30% da desenvolvedora e pela lei francesa, teve que fazer uma declaração de compra demonstrando intenção de adquirir o restante. Em fevereiro ela abocanhou mais de 61% das ações, o então CEO e fundador Michel Guillemot se afastou da diretoria e os acionistas venderam o resto.

Com a Ubisoft não tem sido diferente. Inicialmente a Vivendi adquiriu 6,6% das ações em 2015, mas rapidamente esse número foi subindo.

Yves Guillemot, CEO da Ubisoft já estava arrancando os cabelos com uma segunda tomada hostil vindo da Vivendi, dessa vez mirando na desenvolvedora de game que completou 30 anos em 2016 e agora tem motivos de sobra para estar verdadeiramente procupado: o conglomerado anunciou que agora detém 25,15% da empresa e 22,92% dos direitos de voto. A Vivendi já expressou a intenção de propor modificações nos rumos da Ubisoft daqui por diante (inclusive sugere mudança no quadro de diretores, para lhe dar maior participação e poder de decisão) e com a fatia do bolo que agora detém nas mãos (um quarto da empresa), ela pode fazê-lo.

A Vivendi diz que deseja manter uma parceria com o atual corpo executivo da Ubisoft, algo que Yves Guillemot não quer de jeito nenhum: depois do golpe pelas costas em seu irmão Michel a última coisa que ele deseja é trabalhar com uma empresa que tem um toque de Midas ao contrário (basta lembrar do período em que controlou a Activision Blizzard ou do que ela fez com a GVT) e claro, não há a menor garantia de que a Vivendi não vá comprar mais ações. Em julho o valor de mercado da Ubisoft atingiu o recorde de € 38,88; principalmente pelos esforços de compra (agora claramente hostil: a Vivendi nega) por parte da gigante.

As perspectivas não são boas. Adquirir mais 4,85% da Ubisoft não é nada, talvez a Vivendi esteja já preparando o terreno para fazê-lo e de acordo com a Lei, fazer a oferta de compra tão logo detenha os 30% da desenvolvedoras. Guillemot vem tentando de todas as formas recrutar aliados que impeçam o movimento da rival mas pelo visto não está adiantando, a Vivendi já informou que vem utilizando dinheiro disponível em reserva para adquirir as ações. Ela sequer está suando para comprar os papéis da desenvolvedora.

Guillemot não pretende desistir de chutar a Vivendi de seu quintal, mas o cenário onde a Ubisoft acabe trocando de mãos num futuro próximo está se tornando cada vez mais inevitável.

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