Cientistas revelam imagens mais realista de dinossauro já feito

Enviado por Frocharocha, em

Cientistas britânicos divulgaram a representação mais realista já feita de um dinossauro, com base em fósseis encontrados na China

A cara é como a de um papagaio, mas o porte é de um grande peru. Dois chifres rodeiam o crânio e a pele rosada é lisa e coberta por pintas marrom escuro. Divulgada na última semana, a recriação do Psittacosauro (que ganhou o apelido de "lagarto-papagaio") é a representação mais fiel de um dinossauro já feita pelos cientistas. O modelo em 3D, descrito na última edição da revista científica Current Biology, foi feito com base em fósseis extremamente preservados, encontrados na China, que ainda guardavam vestígios dos pigmentos dos animais. Segundo os pesquisadores, o modelo ajuda a compreender como a pele colorida ajudava dinossauro a se esconder dos predadores nas florestas do período Cretáceo (entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás), em que vivia.

O psitacossauro era essencialmente marrom, mas mais claro na parte de baixo da barriga e da cauda, um padrão chamado de contrassombreado que pode ter ajudado o bípede de 1,5 metro de comprimento herbívoro a passar despercebido de predadores famintos, disseram os cientistas nesta quinta-feira.

Ele também tinha um rosto fortemente pigmentado e patas traseiras listradas na parte interna e reticuladas e salpicadas de manchas na parte externa.

O padrão de cor leva a crer que o psitacosauro viveu em um ambiente de floresta com luz difusa filtrada por uma cobertura densa de árvores, segundo os pesquisadores, que criaram um modelo em tamanho real e totalmente colorido baseados em suas descobertas.

"Nosso modelo dá a entender que ele era super, super fofo. Acho que eles teriam dado animais de estimação fantásticos. Parecem um pouco com o E.T.", disse o paleobiólogo molecular Jakob Vinther, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, referindo-se ao alienígena amigável do filme "E.T. – O Extraterrestre", de 1982.

Criando as cores

"Ficamos impressionados ao ver como os padrões de cores da pele funcionavam como uma camuflagem para o pequeno dinossauro", explicou o paleontólogo Jakob Vinther, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, um dos autores do estudo, em comunicado.

Para reproduzir o corpo e as cores que cobriam a pele do animal, os pesquisadores examinaram os fósseis com lasers que ressaltavam os vestígios de pigmentos. Em seguida, observaram as estruturas que armazenavam os pigmentos em células e tecidos em microscópios eletrônicos. O esqueleto e a musculatura do Psittacosauro foram medidos e analisados pelos cientistas e, com o desenho pronto, o paleoartista Robert Nicholls fez o modelo e reproduziu o animal em tamanho natural.

Em seguida, o boneco foi fotografado no Jardim Botânico de Bristol, para que os pesquisadores conseguissem visualizar como as cores da pele poderiam funcionar para camuflar o dinossauro.

"Foi um processo longo e doloroso, mas agora temos a melhor sugestão de como um dinossauro realmente vivia", afirmou Nicholls.

Em estudos posteriores, os cientistas pretendem explorar outros tipos de camuflagem existentes nos registros fósseis (como as penas coloridas) e usá-las para compreender a relação entre os predadores, suas presas e o ambiente do período dos dinossauros. Essas pistas podem ajudar a revelar como se deu a evolução da biodiversidade até os dias atuais.

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