Já sabemos que o mercados de PCs não está mais como antigamente; ano após ano, as vendas de laptops, desktops e tablets estão caindo, com o primeiro trimestre desse ano apresentando uma queda de 13% se comparado ao ano passado.
Para algumas empresas como a Intel, que dependiam quase que exclusivamente desse tipo de arquitetura para prosperarem, isso significou que uma mudança de estratégia era necessária.
A companhia, que poderá trabalhar em conjunto com a Apple na fabricação dos chips para os novos modelos de iPhone, tem tentado se distanciar a todo custo do mercado de PCs, reformulando seu modelo de negócios com foco em dispositivos inteligentes (IoT), conectividade na nuvem e datacenters, algo que foi reiterado por um gráfico incluso nos documentos fiscais para seu relatório de ganhos do último trimestre:
Quando analisamos a imagem acima, podemos notar que o "PC" sequer tem uma categoria própria, ficando listado sob "Coisas e Dispositivos" (Things & Devices), o que reflete a transição já em curso do modelo de negócios da empresa.
A Intel, que um dia foi conhecida como uma "empresa de PCs", agora dá seus primeiros passos como uma "firma para a nuvem e bilhões de dispositivos inteligentes conectados".
A grosso modo, a companhia quer que sua marca esteja presente não só em PCs, como também em qualquer tipo de dispositivo com conexão à internet como, por exemplo, carros autônomos, smartphones e centros de dados (datacenters), processando todas as informações enviadas pelos aparelhos conectados a eles, e analisando as informações coletadas.
Em abril deste ano, a firma comunicou mais de 12 mil demissões quando anunciou ao mundo o seu plano massivo de reestruturação.