Facebook troca Flash por HTML5 na reprodução de vídeos

Enviado por Cristianogremista, em

O ano de 2015 começou com o YouTube deixando de usar Flash e terminará com o Facebook seguindo pelo mesmo caminho: no último final de semana, a companhia de Mark Zuckerberg soltou uma nota em seu canal para desenvolvedores informando que os vídeos publicados na rede social já estão sendo reproduzidos por padrão em HTML5.

Para muita gente, principalmente especialistas em segurança, a mudança deveria ter acontecido mais cedo. Mas a demora não foi intencional: no comunicado, o engenheiro de software Daniel Baulig explica que o player em HTML5 não funcionou bem no início, especialmente em versões mais antigas dos principais navegadores do mercado.

A empresa constatou, por exemplo, que os vídeos em HTML5 estavam demorando mais do que o esperado para carregar e apresentavam muitos erros. Um dos problemas mais sérios fazia o vídeo simplesmente parar de ser reproduzido no Chrome. Por conta disso, o Facebook decidiu fazer a migração para o HTML5 gradativamente.

Essa tarefa teve início há algumas semanas com um número reduzido de usuários que utilizam determinados navegadores. Aos poucos, a mudança passou a cobrir outras combinações de browser e plataforma. Esse controle permitiu ao Facebook encontrar e corrigir bugs sem prejudicar a experiência de um grande número de pessoas. O resultado é este: hoje, boa parte dos usuários já não precisa de Flash para reproduzir vídeos na rede social. Muito em breve, será assim para todos.

Baulig ressalta que o player em HTML5 traz vários benefícios, principalmente em relação ao desempenho: agora, os vídeos carregam mais rapidamente e não exigem muito processamento. Além disso, o HTML5 possui recursos que facilitam a acessibilidade do conteúdo, como suporte a legendas (útil para pessoas surdas, por exemplo).

Mas, provavelmente, a principal vantagem da mudança é o reforço na segurança. O Flash tem um histórico tão extenso de vulnerabilidades que, no meio do ano, até Alex Stamos, diretor de segurança do Facebook, chegou a reclamar: o executivo usou o Twitter para dizer que a Adobe precisa definir uma data para acabar de vez com o formato.

Na ocasião, uma série de falhas críticas no Flash aguardava correção. A situação era tão séria que a Mozilla bloqueou a execução do Flash no Firefox e só o liberou depois que a Adobe lançou as atualizações. Mas nem as respostas rápidas da companhia são capazes de frear a insatisfação com o formato: o Flash passa por tantos "remendos" que é eminente a sensação de que é difícil otimizar o seu desempenho e garantir a segurança dos usuários.

A própria Adobe já percebeu que a migração para padrões abertos é um caminho sem volta, portanto, está se preparando para a nova realidade. A maior prova disso é que, no início do mês, a companhia rebatizou o Flash Professional para Animate CC.

Não se trata de uma mera mudança de nome: o software, a ser disponibilizado para assinantes dos planos Creative Cloud no próximo mês, continua sendo uma ferramenta para criação de conteúdo animado, mas agora é focado em formatos como WebGL e HTML5.

Mesmo agonizando, o Flash ainda não tem data certa para ser "sepultado". A Adobe permanecerá oferecendo suporte - inclusive no Animate CC - enquanto houver um número significativo de aplicações baseadas no formato. É uma decisão bastante sensata, se analisarmos bem: como o próprio Facebook mostra, não dá para mudar de tecnologia da noite para o dia.

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