Desde que a Microsoft anunciou o seu acordo para comprar a Nokia, muitas dúvidas surgiram sobre qual seria o futuro da gigante finlandesa, tendo em vista que seu nome em breve será retirado dos aparelhos da linha Lumia. O acordo, porém, previa que nenhuma fabricante além da Microsoft teria permissão para usar a marca Nokia em qualquer tipo de aparelho celular até 31 de dezembro de 2015, o que indica que a gigante finlandesa pode ter algo planejado para o começo de 2016.
A Nokia está contratando especialistas em software, testando novos produtos e buscando parceiros de vendas enquanto planeja sua volta ao mercado de celulares, abandonado com a venda de seu negócio de aparelhos móveis para a Microsoft.
Depois de ter se tornado a maior fabricante de celulares, a companhia finlandesa foi surpreendida pelo surgimento dos smartphones e ultrapassada pela Apple e Samsung. A companhia vendeu sua unidade de aparelhos móveis à Microsoft no final de 2013 e desde se concentra exclusivamente em fabricar equipamentos para redes de telecomunicações.
Agora o chefe da Nokia, Rajeev Suri, está planejando um retorno. Ele precisa esperar até o final de 2016 antes de poder considerar entrar novamente no negócio de aparelhos móveis -- após o vencimento do acordo de não concorrência com a Microsoft -- mas os preparativos estão avançando.
A companhia já testou as águas do mercado de consumo, lançando um tablet Android, o N1, na China em janeiro e revelando há alguns dias uma "câmera para realidade virtual" -- anunciando o aparelho como o "renascimento da Nokia".
A empresa também lançou o aplicativo para Android chamado Z Launcher, que organiza conteúdo em smartphones.
Uma carta que a Nokia tem na manga é a propriedade de um dos maiores portfólios de propriedade intelectual da indústria de dispositivos móveis, incluindo patentes que reteve após vender seu negócio de celulares. A companhia não quer desperdiçar tais recursos, construídos com dezenas de bilhões de euros de investimentos nas últimas duas décadas.