Médicos usam implante craniano feito em impressora 3D para salvar menina com hidrocefalia

Enviado por Cristianogremista, em

Quando as impressoras 3D começaram a ganhar o noticiário, nem passava pela minha cabeça que esses equipamentos seriam tão úteis na medicina. Médicos estão usando impressos 3D para salvar vidas. Um dos casos mais recentes - e incríveis - é o de uma menina chinesa diagnosticada com hidrocefalia congênita.

Han Han tem três anos de idade, mas recebeu o diagnóstico com seis meses de vida. Os custos iniciais do tratamento foram estimados em um valor equivalente a US$ 65 mil, mas a família não tinha esse dinheiro. Uma campanha foi feita junto a familiares e amigos, mas o montante arrecadado ficou apenas pouco acima de US$ 15 mil.

Outra campanha, desta vez na internet, ajudou a família a conseguir o dinheiro faltante. Foi bem a tempo: a doença fez o crânio de Han Han ficar quatro vezes maior que o normal, com dimensões de aproximadamente 20×20 cm.

Os problemas resultantes se agravavam rapidamente. O peso adicional estava pressionando os nervos ópticos, quase levando a criança à cegueira, e a dificuldade de movimentar a cabeça a fez desenvolver feridas na pele. A circulação de sangue no cérebro também estava sendo prejudicada. Em resumo, a menina precisava ser operada logo para não sofrer alguma lesão ainda mais séria ou mesmo falecer.

A hidrocefalia é uma anomalia que provoca acúmulo excessivo de líquor (líquido claro que ajuda a proteger o cérebro). O problema pode se manifestar em qualquer idade por várias causas. Em crianças, como não há consolidação óssea da caixa craniana, o quadro costuma causar expansão da cabeça.

No primeiro estágio de tratamento, Han Han recebeu cuidados para ganhar peso e, assim, ter mais condições de suportar a cirurgia. As feridas na cabeça causadas por falta de movimentos também foram tratadas para diminuir o risco de infecção após o procedimento.

Na terça-feira (14), Han Han foi operada em um hospital na cidade de Changsha, província de Hunan. A cirurgia durou 17 horas. Entre outros procedimentos, os médicos tiveram que descolar o couro cabeludo, fazer drenagem do líquido, remover a estrutura óssea excedente e reposicionar o cérebro.

Por fim, os cirurgiões colocaram o implante - três peças de liga de titânio feitas em impressora 3D. O material, além de resistente, costuma apresentar menos rejeição pelo organismo. Para definir os tamanhos e os formatos das partes, os especialistas se basearam em exames de tomografia.

Para a alegria de familiares e da equipe médica, a cirurgia foi um sucesso. A menina abriu os olhos após a operação e passou a respirar sem ajuda de aparelhos. Agora ela se recupera na UTI.

Os médicos acreditam que Han Han evoluirá bem. À medida que ela crescer, a estrutura óssea do crânio envolverá as peças, daí o fato de o implante ter sido impresso em três partes.

É verdade que a menina deverá passar por mais cirurgias, mas não será nada tão complexo quanto o procedimento de agora.

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