Uma equipe de pesquisadores norte-americanos juntou dois mil usuários para tentar perceber qual a influência da pesquisa sistemática em buscadores como o Google. O estudo revela que, ao contrário do que pensamos, não ficamos mais inteligentes.
Um estudo realizado na Universidade de Yale, garante que o Google não nos torna mais inteligentes, apesar de colocar em nossas mãos e à distância de apenas alguns cliques uma quantidade infinita de informações.
De acordo com o estudo publicado no Journal of Experimental Technology, as pesquisas na internet, em especial no motor de busca do Google, transmite aos usuários a sensação de que estão adquirindo conhecimento, o que não passa de ilusão. Na verdade, a internet faz com que as pessoas se sintam mais inteligentes do que realmente são.
Os pesquisadores de Yale explicam que a constante pesquisa faz com que as pessoas se convençam de que estão, de fato, aprendendo através do mero ato de pesquisa, ignorando a necessidade de ler e compreender os conteúdos. Matthew Fisher, responsável pelo estudo, garante que os usuários não percebem do quanto estão dependentes da Internet e que este tipo de dependência abre as portas a outros perigos.
Este cenário pode levar a pelo menos dois resultados desfavoráveis para os usuários. Por um lado, a confusão do limite entre o conhecimento real e aquele que vem da pesquisa e que quase instantaneamente é esquecido.
Por outro, a confiança cega nos resultados disponibilizados pelos motores de busca torna os usuários mais vulneráveis a serem influenciados por informações que não são, obrigatoriamente, verdadeiras ou apropriadas para a questão colocada. Os campos da saúde, segurança ou justiça são alguns dos principais focos de preocupação.