Ainda há espaço para Cyberpunk

Enviado por DANILOFELIX.sg, em

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Andei vendo ultimamente que os temas mais usados nos dias de hoje em filmes, jogos, livros, séries e etc. São as ficções futuristas e historias medievais - algumas são ficções outras são baseadas em acontecimento reais. Bem, não é isso que eu quero dizer. Vocês devem conhecer as obras Cyberpunks não? Claro que sim! É um tema bastante complicado de se entender e abrange um grande publico, por mais interessante e grande que esse publico possa ser, ainda se comparado ao tema medieval, Cyberpunk é "pequeno".

Nos dia de hoje o tema não é muito utilizado, essa obra foi praticamente estrupada, vamos assim dizer, nas décadas de 80 e 90 e no começo dos anos 2000 com Matrix. De lá pra cá não teve muitos filmes com esse tema. Já os jogos são os que mais utilizam esse tema, como Deus Ex e o não lançado Cyberpunk 2077.

O que é Cyberpunk:

Dando uma olhada no Wikipédia, temos a seguinte nota: Cyberpunk é um subgênero da ficção científica, conhecido por seu enfoque de "Alta tecnologia e baixo nível de vida" ("High tech, Low life") e toma seu nome da combinação de cibernética e punk. Mescla ciência avançada, como as tecnologias de informação e a cibernética junto com algum grau de desintegração ou mudança radical na ordem social. De acordo com Lawrence Person: "Os personagens do cyberpunk clássico são seres marginalizados, distanciados, solitários, que vivem à margem da sociedade, geralmente em futuros distópicos onde a vida diária é impactada pela rápida mudança tecnológica, uma atmosfera de informação computadorizada ambígua e a modificação invasiva do corpo humano."

Uma das primeiras pessoas a usar o termo foi Gardner Dozois, um dos editores da revista "Science Fiction". Mas o termo se popularizou com os livros de William Gibson, começando com Neuromancer (que inspirou Matrix) e com as continuações: Count Zero e Mona Lisa Overdrive. Surgiu nos anos 80, que na sua época foi onde teve mais sucesso, já que de lá pra cá o mundo começou a mudar drasticamente.

Esse estilo surgiu para se contrapor ao estilo de ficção cientifica que vinha/vem se impondo com as utopias, como Star Wars. Dificilmente as coisas acabam bem nesses ambientes suburbanos, sujos e caóticos. O estilo também foca na parte humana, onde nós nos modificamos, colocando partes robóticas em nossos corpos. Essa é a parte Cyber.

Mais o grande diferencial no estilo Cyberpunk, que poucos tocam, é dar destaque ao que o sitema cultural nunca deu muito valor: os criminosos, excluidos, visionários, párias. Aqueles que vivem na marge da sociedade se tornam heróis, mesmo que imperfeitos, para liberar o sistema ou a si próprio de uma dominação. Neste mundo não existe caras maus e caras bons, mas sim seres humanos, capazes de grandezas e grandes bobagens. Essa é a parte Punk.

Os cyberpunks talvez sejam a primeira geração a crescer não somente dentro da tradição literária da ficção científica, mas em um mundo verdadeiramente de ficção científica. Para eles, as técnicas da "FC hard" clássica - extrapolação, alfabetização tecnológica - não são ferramentas literárias, mas um auxílio para a vida cotidiana (FERNANDES, 2006, p.51).

Cyberpunk é um grande tema, mas por quê vemos as pessoas dizendo que o termo está morto? Talvez porque alguns imaginem que o gênero tenha ficado estagnado no pensamento e estética dos anos 1980, não se atualizando para entender o mundo na época atual. Mas, seguindo essa lógica, teoricamente, a vertente já nasceu velha, uma vez que, como Gibson brinca no prefácio de Neuromancer, ele foi capaz de "prever" o ciberespaço e influenciar todo um comportamento hacker, mas não conseguiu "imaginar" o telefone celular. Isso porque em 1973, Martin Cooper, pesquisador e executivo da Motorola, já havia montado o primeiro telefone móvel analógico, além de a primeira geração (1G) de celulares ter sido lançada em 1979, no Japão. No entanto, a verdadeira utilização da telefonia móvel só aconteceu nos anos 1990, com a chegada da segunda geração.

Reforçando, o cyberpunk ou a soft sci-fi não tinha (ou não tem) tanto comprometimento com as ciências duras ou exatas como a hard sci-fi. O cyberpunk trouxe muito mais um comportamento e um pontapé inicial para quebrar a porcelana intocável das obras da geração dos anos 30. No fanzine Cheap Truth, lançado em 1982 por Bruce Sterling, Lewis Shiner escreveu, sob o pseudônimo de Sue Denim, sobre a hard sci-fi como uma ficção científica moralista, "do tipo que a mamãe e o papai gostam e permitem"

Recomendo ler a saga Neuromancer de Willian Gibson; capa do livro logo abaixo.

E para vocês o tema Cyberpunk está morto ou só é mau utilizado?

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