Agora o governo quer atacar o Netflix, o seu videogame e os seus programas favoritos na TV a cabo

Enviado por Bruno.tsouza, em

Se existe algo quase certo sobre o intervencionismo governamental na vida das pessoas é o fato de ser quase impossível detectar um limite para a capacidade do governo em fazê-lo.

Uma das formas mais corriqueiras é a lenta e progressiva intervenção, que pode vir com o rótulo de regulação. A regulação vai adentrando as atividades humanas de forma quase imperceptível, inodora e incolor. Quando finalmente percebemos, estamos em um regime intervencionista sem nos darmos conta de como chegamos lá. O intervencionismo pode se imiscuir em quase todos os setores da economia.

Vamos no ater aos Jogos eletrônicos:

Uma das novidades na agenda regulatórias é o tema "jogos eletrônicos".

Oficialmente, a ANCINE declara que deseja promover um estudo relativo à inclusão dos jogos eletrônicos - e toda a sua cadeia produtiva - no espectro da legislação do setor audiovisual. Os objetivos seriam: estimular a produção brasileira independente e a produção regional; estimular a expansão dos serviços de 'acesso condicionado' e de novos segmentos; aprimorar mecanismos de defesa e da ordem econômica.

Eis o que realmente quer a ANCINE: fazer estudos para criar cotas, benefícios e privilégios para produtoras de jogos nacionais; criar restrições de qualquer tipo ou maneira para jogos estrangeiros; interferir, sob qualquer pretexto, na escolha de jogos a serem comprados pelos consumidores; interferir na escolha dos pais, das crianças e dos adolescentes; cobrar a taxa da CONDECINE de jogos; interferir nas plataformas e na dinâmica do mercado de consoles, em especial os consoles estrangeiros (Play Station, Wii U e Xbox).

Por conseguinte, aplique todo o raciocínio da criação de cotas e das reservas de mercado, e os resultados não poderão ser outros: jogos e consoles mais caros; menor valor de entretenimento; retração do setor; jogos encalhados nas prateleiras, mas financiados com dinheiro público porque são nacionais.

É possível até que alguns jogos sejam barrados ou proibidos, usando qualquer desculpa. Se você acredita que isso é um exagero, lembre-se do que ocorreu com o jogo Counter Strike.

Enfim, se algum leitor tem como entretenimento jogar videogame em qualquer plataforma que seja é melhor ficar atento.

Leia mais sobre: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2065

Agenda Regulatória para 2015/2016: http://www.ancine.gov.br/regulacao/agenda-regulatoria

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