Apps para Android agora estão sendo testados por humanos antes de entrarem no Google Play

Enviado por Cristianogremista, em

O Google está mais criterioso na hora de publicar aplicativos para Android na Play Store. A empresa anunciou nesta terça-feira (17) que adicionou mais uma camada de segurança na loja, formada por especialistas que analisam o software manualmente para encontrar violações às políticas de desenvolvedores, algo semelhante ao que a Apple faz na App Store.

Essa camada adicional de segurança não vai impactar na velocidade de publicação de aplicativos no Google Play? Na verdade, embora o anúncio tenha sido feito somente agora, o Google está testando o novo sistema há meses. "Até o momento, desde que começamos a adotar essa prática, não foram observadas mudanças perceptíveis no tempo de lançamento de um novo aplicativo", diz a empresa.

"Nós valorizamos a rápida inovação e atualização já características do Google Play e vamos continuar ajudando os desenvolvedores a inserirem seus produtos no mercado apenas algumas horas após a inscrição, em vez de dias ou semanas", informa o comunicado publicado no blog oficial do Google. Atualmente, na App Store, é comum que novos aplicativos demorem vários dias para serem publicados.

Antes da novidade, todos os aplicativos do Google Play já passavam por uma verificação automática, feita por computadores, que analisa os aplicativos e evita que malwares sejam publicados na loja. Relatos de malwares no Android são relativamente comuns, mas as pragas raramente são distribuídas pela Play Store, então dá para dizer que a camada automática era eficiente.

De acordo com o Google, que afirma ter pago mais de US$ 7 bilhões aos desenvolvedores de aplicativos no último ano, os relatórios estão mais transparentes e mostram mais informações que explicam o motivo de uma possível suspensão ou rejeição de um aplicativo no Google Play.

Além de melhorar a segurança da Play Store, o Google está aderindo ao IARC (Coalizão Internacional de Classificação Etária, na sigla em inglês). Isso significa que os aplicativos e jogos do Google Play passarão a exibir a classificação etária da IARC e dos órgãos participantes, o que inclui o Ministério da Justiça brasileiro.

Segundo o Google, o processo será rápido, automático e gratuito para os desenvolvedores: bastará preencher um questionário de classificação para cada um dos aplicativos publicados no Console do desenvolvedor. A partir de maio, o fornecimento das informações de classificação etária será obrigatório para todos os desenvolvedores.

A classificação etária brasileira (Livre, 10, 12, 14, 16 e 18 anos), bem como as equivalentes dos órgãos participantes da IARC, como a norte-americana Entertainment Software Rating Board (ESRB) e a europeia Pan-European Game Information (PEGI), aparecerão nas próximas semanas para todos os usuários.

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