Atenção gamers, os chimpanzés podem superar suas pontuações mais altas. Panzee, uma chimpanzé fêmea, superou significativamente 12 crianças e 4 adultos em um complexo labirinto de computador.
Pesquisadores colocaram quatro chimpanzés adultos contra doze crianças humanas que variaram de 3 a 12 anos de idade, e quatro humanos adultos. Os chimpanzés obtiveram desempenho semelhante ao das crianças entre 3 e 6 anos, completando o labirinto praticamente no mesmo período de tempo. Os cientistas também analisavam a 'eficiência de viagem' (quanta distância os jogadores 'andavam' antes de terminar o jogo). E foi aí que brilhou Panzee. No labirinto mais difícil, ela tomou uma rota significativamente menor para o prêmio do que as crianças - e até mesmo os adultos.
À medida que os jogos tonaram-se mais complicados, alguns dos seres humanos tentaram 'trapacear', pedindo ajuda para seus companheiros de espécie. "Os humanos me pediram dicas, mas eu respondi que não podia dar dicas aos chimpanzés", disse Francine Dolins, primatologista da Universidade de Michigan-Dearborn.
Os chimpanzés que participaram do estudo não foram estimulados com nenhum tipo de recompensa. Todos eram primatas do Centro de Pesquisa de Linguagem da Universidade Estadual de Geórgia e foram treinados a dizer 'não' para experimentos. Se um cientista pedir para Panzee realizar algum trabalho, e a mesma não se sentir à vontade, ela pode simplesmente sacudir a cabeça e passar o dia brincando. Já os humanos, foram estimulados com uma promessa de vale-presente em uma livraria, enquanto as crianças foram recompensadas com lápis e adesivos.
Os 'joysticks' utilizados no jogo eram projetados para que cada posição fosse associada com uma direção cardeal (para cima, norte, para a direita, leste). Aos seres humanos foram dadas de 10 a 20 sessões de treinamento para o jogo. Os chimpanzés, que já tinham experiência com o joystick e jogos semelhantes, receberam de cinco a 10 sessões para analisar o funcionamento do jogo.
Para os pesquisadores, os chimpanzés são capazes de realizar qualquer atividade que exija raciocínio lógico, desde que o animal gaste tempo suficiente nesta tarefa, e faça isso por prazer. O estudo foi publicado na revista American Journal of Primatology, em janeiro.