O cofundador da Microsoft critica a ideia de que a Internet é uma panaceia universal capaz de melhorar a vida das pessoas, em virtude do fato de ainda haver quem passe fome ou sofra com doenças que ainda não têm cura.
Numa entrevista dada ao Finantial Times, Bill Gates diz que apesar de ser fã das tecnologias, "Se quisermos melhorar as vidas [das pessoas] temos de lidar com coisas mais básicas como a sobrevivência infantil e a sua nutrição".
Bill Gates falava acerca da ideia de levar a Internet até às nações emergentes, objetivo que Google e Facebook têm levado a peito nos últimos tempos. Gates não acredita que mais tecnologia e conectividade sejam necessariamente uma coisa boa.
Quando questionado sobre se dar ao planeta uma ligação à Internet é mais importante que encontrar uma vacina para a malária, Bill gates não escondeu a sua irritação ao responder: "Como prioridade? É uma palhaçada".
Gates acrescentou: "O que é mais importante, conectividade ou uma vacina para a malária? Se pensa que a conectividade é mais importante, tudo bem. Eu não concordo".
Bill Gates continua a investir grandes somas do seu dinheiro em filantropia e projetos de investigação para erradicar a malária, por exemplo. O VentureBeat indica que Gates doou 28 mil milhões de dólares dos seus fundos à organização, que gere juntamente com a esposa.
"Pronto, vão até aos centros Infosys em Bangalore, mas experimentem também viajar 5 quilómetros para o lado e vejam o tipo que vive sem retrete e sem água corrente. O mundo não é plano e os PCs não estão, na hierarquia das necessidades humanas, nos primeiros cinco lugares"