A história é estranha mas um pesquisador canadense diz combater há três anos um malware que consegue infectar outras máquinas através de ondas sonoras.
De acordo com o PhysORG e com o Ars Technica, o pesquisador Dragos Ruiu combate há três anos um malware desconhecido que é capaz de infetar máquinas com Windows, OS X, BSD e Linux. Ruiu tem documentado a sua investigação e diz agora ter chegado a algumas conclusões.
O badBIOS (como Ruiu o chama) é capaz de criar míni redes locais através de ondas sonoras de alta frequência, usando os alto-falantes e microfones dos computadores para saltar de máquina em máquina. Tal como o Stuxnet, Ruiu diz que o malware usa também pens USB para infectar as vítimas.
Segundo o PhysORG, todas as capacidades e comportamentos descritos pelo pesquisador não são novidade e já foram vistas antes, mas nunca agrupadas num único vírus.
Apesar da reputação deste pesquisador, não deixa de ser estranho que Ruiu pareça ser o único a deparar-se com este malware. Todavia, o pesquisador diz que como o badBIOS reescreve o BIOS da máquina, não é possível livrarmo-nos da infecção formatando o HD ou usando um antivírus convencional.
É, portanto, possível que o malware esteja disseminado, mas que as vítimas não saibam que os seus computadores estejam infectados.
Ruiu diz que tudo começou há três anos quando o firmware do seu MacBook Air se atualizou sozinho depois de ter instalado uma cópia do OS X. A partir daí, o computador recusou-se a deixá-lo usar um leitor de CDs como disco de inicialização.
Ao longo dos meses seguintes, vários outros computadores seus começaram a exibir comportamentos estranhos, incluindo a eliminação de arquivos e alteração de definições de forma aleatória. Mas o que chamou a atenção do pesquisador, todavia, foi o fato de um PC que não estava ligado a nenhuma rede ter começado a exibir igualmente comportamentos estranhos.
Isso levou-o a descobrir que as máquinas infectadas emitiam ultrassons de modo a criar uma rede na qual pacotes de dados encriptados eram transmitidos para infectar outras máquinas, mesmo que não estivessem ligados a qualquer rede.
- Segundo Ruiu, a única forma de evitar a infeção era retirando o microfone do computador.
A história, entretanto, está se espalhando pela internet e já há quem ache de que tudo não passa de um elaborado embuste.