Reggie Fils-Aime: "Brasil tem grande potencial", mas por enquanto, a Nintendo não pensa em fabrica no País

Enviado por Anônimo, em

Não é de hoje que o relacionamento entre a Nintendo e o Brasil passa por momentos turbulentos, indo do céu ao inferno em pouco tempo. Em recente entrevista ao Bloomberg, Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, comentou um pouco mais sobre essa relação que mais parece uma novela mexicana.

Reggie comentou que vê grande potencial no Brasil e em seu mercado de games, inclusive reconhecendo que o país é uma região importante para o crescimento da marca Nintendo no futuro, mas que ainda não é a hora de produzir consoles da empresa no país. Ainda segundo ele, a Nintendo já considerou diversas vezes em fabricar seus consoles por aqui, mas que ainda não o fez por não ser algo muito fácil de se fazer.

"Para produtos complicados, isso não é sempre fácil de se fazer. Nós já pensamos nisso várias vezes."

O presidente da Nintendo ainda disse que a indústria manufatureira no Brasil não possui as capacidades técnicas necessárias para produzir um console da Nintendo. Além disso, o alto preço com que os produtos importados chegam aqui e a pirataria continuam sendo problemas sérios para a Big N, afastando cada vez mais as duas partes.

A diferença entre os 4 mil reais do PlayStation 4, que não será produzido no Brasil, e os 2,2 mil reais do Xbox One, que será produzido no Brasil, refletem a importância da produção nacional desses produtos que comumente são importados e, por isso, recebem mais impostos.

A alta quantidade de impostos sobre as importações no Brasil é uma das causas dos preços excessivos desses produtos que vemos por aí, nos quais os consoles se encaixam. Esses altos impostos se devem, basicamente, a uma medida de proteção e fortalecimento do mercado interno do país, encorajando as empresas a montarem indústrias no Brasil, o que movimenta o mercado e gera novos empregos.

Uma possível solução pra Nintendo é, além de reconhecer de fato que o Brasil é um promissor e importante mercado de games, começar a localizar os seus jogos first-party para o nosso país, com legendas e dublagens em português.

O primeiro passo já foi dado: Satoru Iwata já havia declarado que a previsão de lançamento oficial do console por aqui é em alguma data próxima ao final do ano. Já que a Nintendo não está presente na Brasil Game Show, um possível anúncio poderá ser feito através de uma coletiva ou, quem sabe, até mesmo de um Nintendo Direct.

Agora, resta torcer para que a Nintendo abra mais os olhos para o nosso país.

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