Facebook volta a permitir vídeos de decapitação

Enviado por rafaelvoss87, em

Site diz que usuários devem ser livres para assistir e condenar vídeos.

Organizações alertam para efeito 'destrutivo' de material violento.

O Facebook está permitindo mais uma vez que vídeos que mostram pessoas sendo decapitadas possam ser postados e compartilhados em seu site.

A rede social havia introduzido uma proibição temporária em maio após denúncias de que esses vídeos podem causar danos psicológicos a longo prazo.

A empresa americana confirmou que agora acredita que seus usuários devem ser livres para assistir e condenar tais vídeos. Mas acrescentou que estava considerando o uso de avisos para alertar sobre o conteúdo.

Arthur Cassidy, um ex-psicólogo que coordena uma filial do Yellow Ribbon Program, organização que trabalha com a prevenção de suicídios na Irlanda do Norte, condenou a ação.

"São necessários apenas alguns segundos de exposição a este tipo de material para deixar um traço permanente, principalmente na mente de um jovem", disse Cassidy.

"Quanto mais gráfico e colorido for o material, mais psicologicamente destrutivo ele é".

Dois dos conselheiros de segurança oficiais da empresa também criticaram a decisão.

O Facebook permite que qualquer pessoa com 13 anos ou mais crie uma conta.

Hoje, os termos e condições da rede afirmam que fotos ou vídeos que "glorificam a violência", além de outros materiais proibidos, como por exemplo "exposição total dos seios" de uma mulher, serão removidos.

A BBC foi alertada sobre a mudança na política do Facebook por um leitor que disse que a empresa estava se recusando a remover uma página que mostra um vídeo de um homem mascarado matando uma mulher, que, acredita-se, ter sido filmado no México.

A rede social confirmou mais tarde que estava permitindo que tal material fosse publicado novamente.

O Facebook originalmente retirou vídeos que mostravam decapitação depois que o Family Online Safety Institute - que faz parte do Conselho de Assessores de Segurança da empresa - concluiu que estes seriam "inaceitáveis".

O chefe da instituição, Stephen Balkam, disse à BBC que ficou surpreso com a recente mudança.

Vídeos que mostram pessoas sendo decapitadas estão disponíveis em outros lugares na internet - inclusive no YouTube - mas os críticos levantaram a questão de que o sistema de alimentação de notícias do Facebook e outras funções de compartilhamento significam que a rede social é particularmente propícia à disseminação desse tipo de material.

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