Fim da THQ: "South Park" e "Saints Row" encontram casas novas, "Darksiders" é esquecido

Enviado por Patrickgodless, em

Após 23 anos de atuação, uma das maiores empresas na indústria dos videogames fecha as portas de maneira amarga. Um mês depois de ter entrado com o pedido de falência tentando se salvar como companhia, a THQ se vê desmantelada e moribunda por ter vendido algumas de suas mais importantes propriedades e por ser obrigada a assistir outras afundarem junto, órfãs.

O CEO Brian Farrell e o presidente Jason Rubin enviaram uma carta de despedida a todos os funcionários listando quais estúdios e franquias tinham sido compradas e os nomes de suas novas casas. Espera-se que o fechamento destas aquisições aconteça até o final da semana. A distribuição ficou da seguinte maneira:

Como alguns boatos já apontavam, a SEGA adquiriu o estúdio Relic e a franquia "Company of Heroes" por US$26.6 milhões, vencendo a ZeniMax Media que ofereceu US$26.3 no leilão. A Relic, que já tinha trabalhado na série "Warhammer 40k", pode se envolver novamente com ela agora que o licenciamento da marca está nas mãos da produtora japonesa.

A Ubisoft por sua vez ganhou outro estúdio em Montreal adquirindo a equipe canadense da THQ e suas novas IPs "1666" e "Underdog" por US$2.5 milhões sem qualquer concorrência. Curiosamente, a THQ Montreal é comandada pelo criador e diretor de "Assassin's Creed" Patrice Désilets. Além do estúdio, a empresa européia comprou os direitos de "South Park: The Stick of Truth" por US$3,265,306 também livre de competições.

A Take-Two, que já vinha esperando o fim da THQ há algum tempo, comprou "Evolve", novo projeto da Turtle Rock Studios (responsáveis por "Left 4 Dead") por US $10.894 milhões contra US$250 mil da própria Turtle Rock. O destino do estúdio ainda é incerto.

Volition e seu "Saints Row" foram adquiridos pela pequena produtora Koch Media (que pertence à Deep Silver de "Dead Island") por US$22.3 milhões e competiu com a Ubisoft que ofereceu US$5.4 milhões por ambos. Eles também são os novos donos da licença sobre a série "Metro", pela qual pagaram US$5,877,551 contra US$5.175 milhões da Ubisoft.

"Homefront" foi a última propriedade da empresa a ganhar uma nova casa, como única interessada, a Crytek fez um lance de US$544,218 pelo FPS. "Homefront 2" já vinha sendo desenvolvido dentro do estúdio britânico da desenvolvedora.

Outras franquias como "Darksiders", "WWE", "Homeworld", "Red Faction" e estúdios como o Vigil não receberam qualquer oferta durante o leilão dos bens, ainda estão sob a proteção da lei de falência dos EUA, mas têm destino incerto. Na carta aberta, Rubin e Farrell declararam que farão todos os esforços possíveis para encontrar compradores apropriados a todos. Alguns funcionários continuarão empregados pela THQ até depois do dia 25 para ajudarem nos processos de transição, mas todos os que trabalham em estúdios e projetos não adquiridos precisarão procurar novos empregos.

Ambos lamentaram o fim que a THQ levou, mas se revelaram aliviados pela maior parte de seus estúdios e títulos terem encontrado boas empresas. Eles lembraram que ainda cabe às novas donas dos estúdios decidirem o que farão com seus funcionários, no entanto se mostraram otimistas com os destinos de todos estes jogos e pessoas.

"Apesar das nossas esperanças de que o processo de reestruturação permitiria à companhia manter-se intacta, me sinto bem por saber que a maioria de nossos estúdios e jogos continuarão sob nova direção", disse Farrell. "Foi um imenso prazer trabalhar junto deste grande grupo de pessoas, e tenho orgulho dos jogos criativos e artísticos que nossas equipes criaram.

"Contudo não poderemos mais trabalhar juntos em uma única missão, tenho confiança de que os talentos que reunimos continuarão a deixar suas marcas na indústria dos videogames. Para aqueles cujos cargos provavelmente não serão mantidos, sinceramente lamento por isso e nos reuniremos com vocês no decorrer dos próximos dias para discutir esta transição."

Jason Rubin reforçou as declarações de Farrell. "Fui trazido oito meses atrás para ajudar a mudar o curso deste navio, e ao mesmo tempo em que estou desapontado por não termos conseguido efetuar a venda de toda a empresa, estou satisfeito por saber que os novos compradores oferecerão empregos para muitos de nossos funcionários extremamente talentosos.

"Quando anunciamos o processo de venda pela primeira vez, eu disse que ficaria feliz se os jogos e pessoas da companhia tivessem um futuro brilhante, mesmo se isso significasse que eu não teria um emprego ao final disso. E ainda penso assim."

PS: primeira news pega leve

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