Mercado brasileiro de games é o 4° maior do mundo e crescerá mais

Enviado por J_play, em

Há 71 anos, quando escreveu "Brasil, País do Futuro", o austríaco Stephan Zweig registrou o fascínio do brasileiro por jogos em geral. No livro, ele se diz impressionado pela multidão que, todos os dias, lotava cassinos e se aglomerava para jogar baralho, bingo ou roleta.

O nome do obra, que virou um bordão conhecido por qualquer par de ouvidos brasileiros, parece ter tomado contornos de verdade --ao menos no mundo dos games.

"Se o Brasil é o país do futuro, o futuro já chegou", diz Bertrand Chaverot, diretor no Brasil da Ubisoft, produtora francesa de games.

De acordo com o Ibope, 23% dos brasileiros são jogadores assíduos ou eventuais --ou seja, 45,2 milhões de pessoas. Segundo a consultoria PWC (PricewaterhouseCoopers), o mercado, que em 2011 movimentou R$ 840 milhões e é quarto maior do mundo, crescerá em média 7,1% por ano até 2016 --quando atingirá R$ 4 bilhões.

Para comparação: o país tem o quinto lugar no setor de automóveis, e um plano da Ancine (Agência Nacional de Cinema), divulgado no mês passado, quer tornar o Brasil o quinto mercado de cinema, TV e vídeo até 2020. Hoje é apenas o décimo.

A arrancada é recente e tem vários motivos: queda nos preços de consoles e de jogos, tradução de títulos para o português e a situação complicada do mercado mundial, que passa por crise financeira e saturação.

"No último ano, nós crescemos 300% no Brasil, enquanto a média mundial é de 2,2%", diz Chaverot.

O Brasil tem 3,1 milhões de videogames da última geração (Xbox 360, PlayStation 3 e Wii), mas o mercado ainda tem como líder o PlayStation 2, lançado há 12 anos.

Lá fora o panorama é bem distinto: só nos EUA há 95 milhões de videogames, segundo o NPD Group. Na Coreia do Sul as empresas fazem campanhas para vender um segundo console.

Além da saturação, o mercado se arma para a próxima era de videogames --Xbox 720 e PlayStation 4 devem ser apresentados até 2014.

"Assassin's Creed 3", da Ubisoft, "God of War: Ascension", da Sony, e "Call of Duty: Black Ops 2", da Activision, são alguns dos blockbusters que serão lançados no Brasil nos próximos meses com dublagem ou legendas no idioma local.

A japonesa Capcom, criadora da série de luta "Street Fighter", também está de olho no Brasil: no mês passado contratou três representantes no país. "A Capcom sabe que aqui há uma grande comunidade de jogadores que não para de crescer", diz Jean Toledo, gerente de marketing e vendas da empresa.

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