Assassin's Creed: Revelations fecha trilogia de Ezio

Enviado por numbi, em

Com um roteiro que envolve pesadas conspirações, é curioso que a série Assassin's Creed perca sua principal mente criativa quando a empresa exige que seja lançado um novo episódio por ano. Revelations, o terceiro game anual consecutivo é a prova cabal de que essa estratégia fere os elementos mais fortes da série.

O novo episódio retoma a aventura de Desmond, um jovem barman que fugiu de sua família de assassinos para tentar levar uma vida normal. Mas seu DNA permite que Templários e Assassinos usem um aparelho chamado Animus para resgatar as memórias genéticas de seus antepassados e desvendar os segredos de artefatos que podem mudar o destino do planeta.

Essa aventura começa com Desmond preso dentro do Animus depois de entrar em coma no final de Brotherhood, e agora ele precisa mergulhar mais fundo nas memórias de Ezio de Auditore, seu antepassado renascentista italiano (introduzido em Assassin's Creed II), que por sua vez vai descobrir o passado de Altaïr, o antepassado controlado no primeiro título da série. Com a ajuda de um aliado inesperado, Desmond acredita que chegar ao final da história dos dois é sua única forma de sair do coma.

A procissão de estúdios da Ubisoft que abre o jogo é um terrível presságio da bagunça que é Revelations: um game que oferece menos conteúdo que os anteriores, mas tenta empilhar uma série de minigames e extras inconsequentes em uma precária torre que ameaça ruir a qualquer segundo. É difícil imaginar que um jogador prefere menos cidades e missões em troca de um repetitivo e quebrado exercício de defender bases inspirado nos populares "Tower Defense". Mas é o tipo de compensação oferecida.

Ao lado de um metagame de usar recursos de assassinos treinados para controlar cidades mediterrâneas e um sistema de criação de bombas com efeitos variados, Revelations é a prova cabal de que mais variedade nem sempre resulta em um melhor jogo.

Mas talvez o maior pecado seja na execução da trama. Depois de prometer repetidamente ir até o fundo das histórias de Desmond, Ezio e Altaïr, o jogo simplesmente esgota as possibilidades dos antepassados sem adicionar virtualmente nenhuma novidade significativa à trama, e não adiciona quase nada sobre Desmond e as conspirações atuais – e no processo ainda elimina o potencial de uma das mais interessantes e misteriosas figuras da série.

A Ubisoft já complementou a trama de Assassin's Creed usando episódios comprados por download. Alguns deles adicionaram mais à trama do que Revelations, que usou um disco inteiro e o preço de um jogo completo. A série continua tão divertida quanto antes, mas tomar a continuidade como refém para vender uma expansão como um produto completo é o tipo de atitude que pode fazer com que muitos fãs desistam de comprar um Assassin's Creed III.

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