Game de estratégia renova franquia 'Halo' no Xbox 360

Enviado por RapHa TeRRoR, em

Um dos jogos de tiro em primeira pessoa mais tradicionais do gênero arrisca uma mudança de ares. "Halo", criado em 2001 para o Xbox, libera suas tropas no campo de batalha em "Halo wars" (Microsoft, R$ 179), jogo de estratégia em tempo real exclusivo para Xbox 360.

Jogando "offline", você comanda o exército da UCSC (humanos) contra os alienígenas Covenant, em eventos que precedem tudo que já aconteceu na série até o momento. Nas partidas on-line, é possível optar também por controlar as tropas alienígenas.

Apesar de levar o selo de "estratégia", "Halo wars" cai na armadilha que vem desvirtuando o gênero há alguns anos. As batalhas rápidas e os mapas não tão grandes acabam exigindo mais agilidade do que planejamento. Os comandos resumidos ao controle do console, embora bem adaptados, também não colaboram com o gerenciamento mais complexo dos exércitos.

Mesmo assim, é notável o capricho na reprodução do universo "Halo" - desde as "falas" dos inimigos até os detalhes de veículos e terrenos. Ambientação perfeita e momentos marcantes estão a caminho, como já é comum na série.

Coletar, construir, atacar

Vale a regra dos jogos de estratégia: você coleta recursos, levanta fortalezas, treina exércitos e parte para a batalha. Atacar, defender, explorar território e resgatar companheiros são algumas das missões mais comuns.

Existem diversas opções de upgrades para todas as unidades do exército - desde a fortaleza até soldados de infantaria. Porém, como algumas missões iniciais são muito limitadas, você acaba não tendo a chance de experimentar tudo o que gostaria.

Quinhentos mil botões

Quando "Halo wars" foi apresentado em versão resumida na E3 2008, a primeira dúvida era óbvia: poderia o controle do Xbox 360 suportar tantos comandos exigidos por um jogo de estratégia em tempo real? A série "Senhor dos anéis" já tinha tentado antes...

A difícil tarefa em "Halo wars" foi cumprida com talento pela produtora Ensemble, responsável pela clássica série "Age of empires". Um clique sobre a base, por exemplo, abre o menu circular com as opções disponíveis - construir novas unidades, financiar upgrades. Atalhos nos botões superiores selecionam as unidades de maneira rápida, toques do direcional digital agilizam a navegação. Mas esses controles simples e eficientes perdem efeito se você, acostumado aos jogos de estratégia no computador, prefere formações mais complexas para seu exército. Controle de qualidade

Como parece ser regra na série "Halo", o produto final se destaca pela qualidade do conjunto, e não pela inovação em outros aspectos. Trilha sonora, cenas narrativas e efeitos visuais criam o cenário perfeito para um bom jogo de estratégia. Até o manual de instruções, traduzido para o português e bem produzido, parece ter recebido o selo "Halo" de qualidade.

Mas não ligue agora, porque você ainda leva a limitação dos controles, a história sem muita inspiração e a mania de sepultar a estratégia com trezentas ações por segundo. Apesar dos tropeços, "Halo wars" refresca a série e entra para a galeria das poucas, e competentes, tentativas de levar o controle de exércitios para o seu videogame.

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