A DICE, a produtora de Battlefield, parece ter aprendido várias lições com a sua primeira experiência num mundo das consolas com o jogo Battlefield: Bad Company, entre as quais foi a de nunca subestimar o nível de habilidade dos jogadores de consola.
O director criativo da DICE, Lars Gustavsson, disse ao site GamesIndustry que, "Penso que um dos nossos grandes erros com Battlefield: Bad Company foi quando começámos a fazê-lo, a definir os nossos planos, a forma de como víamos os jogadores de consola, e a necessidade de tratá-los de uma forma mais ligeira, uma vez que pensávamos que eles eram menos experientes."
Gustavsson tem estado na DICE desde o primeiro título da série Battlefield, e admitiu que veio para o projecto nas consolas com uma opinião colorida.
"Durante muito tempo pensei que os jogadores PC eram vistos como os hardcore, os mais competitivos e dedicados. Talvez houvesse uma época em que isso era verdade, mas agora vemos definitivamente uma grande falange de fãs de shooters nas consolas."
"Quando lançámos Bad Company a audiência de jogadores cresceu, amadureceu e jogou mais online... Por isso eles sabiam como é que deveria ser um shooter nas consolas, sabiam o que esperar," acrescentou ele. "Por isso penso que em algumas áreas, como desenhador chefe no projecto, senti que podíamos ter feito um trabalho muito melhor em corresponder a essas expectativas, mesmo apesar de ter ficado muito satisfeito com o projecto."
A DICE parece ter levado esta lição em consideração quando desenhou a sequência, Battlefield: Bad Company 2, que será lançado neste Inverno para PC, XBox 360 e PS3.
"Agora ao olharmos para a nossa audiência de consolas, conversámos e chegámos à conclusão que deveríamos tratá-los da mesma forma. Muitos jogadores de PC como eu tornaram-se velhos, com filhos em casa, e torna-se difícil ter tempo para nos sentarmos em frente ao PC. No entanto quando eles encontram um bom shooter esperam encontrar mais ou menos as mesmas possibilidades quando jogam-no tanto numa consola como num PC."