'Fanboys' confundem suas próprias imagens com as das empresas que idolatram

#Notícia Publicado por eric_redeyes, em .

Estudo feito pela Universidade de Illinois examina as relações entre pessoas e as marcas pelas quais elas são fissuradas

Tem aquela pessoa que se vangloria de usar um iPhone e acha um absurdo alguém optar por aparelhos com o design da concorrência. Tem aquele que diz que quem compra produto da Apple é manipulado por Steve Jobs, e assim só consome smartphones com Android " e que defende como se isso fosse a salvação do mundo. Eles se manifestam também no mundo dos games: desde o Super Nintendo só adquire consoles da criadora de Mario. Ou os que só compram carros da Volkswagen e acham ridículo gastar o mesmo dinheiro em um automóvel da concorrência. Esses são os "fanboys" e uma pesquisa da Universidade de Illinois que ainda será publicada, mas que já divulgada, mostra que esses homens e mulheres confundem a própria imagem com a da marca.

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Os pesquisadores fizeram dois testes, um com 30 mulheres e outro com 170 estudantes universitários, em que concluíram que a auto-estima das pessoas está ligada a como determinada marca é vista. O resultado inicial foi um tanto óbvio: aqueles que tinham afeição por determinada empresa tiveram a auto-estima afetada quando essas marcas foram criticadas e os que não tem nenhum tipo de ligações não foram afetados num nível pessoal. Também foi notado que os fanboys muitas vezes ignoravam falhas claras das empresas que gostam.

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Estudos feitos até hoje apontavam que as pessoas criavam ligações pessoais com as empresas, uma lealdade presente apenas em fortes relacionamentos. O estudo da Universidade de Illinois conclui que os fanboys tratam as empresas como se fossem eles mesmos.

"Por a marca ser vista como um dos elementos que formam a auto-estima da pessoa, uma falha da empresa é sentida por essa pessoa como uma falha pessoal. Assim, para manter uma boa imagem de si mesmas, os consideradas 'fanboys' reagem defensivamente a falhas de sua marca e a avaliam positivamente mesmo quando os erros da empresa são claros", disse em um comunicado Tiffany Barnett, professor da Universidade de Illinois e um dos responsáveis pelo estudo.

Barnett mostra outro aspecto psicológico de quem idolatra uma empresa: "Esses consumidores são tão resistentes a falhas da marca que chegam ao ponto de re-escrever a história. Eles passam a relatar os fatos de uma maneira muito mais positiva para a empresa".

O estudo será publicado na próxima edição do Jornal da Psicologia do Consumidor (Journal of Consumer Psychology).

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, Salvador