Pesquisadores revelam informações preocupantes em relação a como as empresas armazenam nossos dados

#Notícia Publicado por kelcardoso, em .

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Ontem publicamos um artigo que mostra como as alterações na política de privacidade do WhatsApp, é mais um "tapa na cara dos usuários", já que foi implementado uma integração entre o app de mensagens instantâneas e o Facebook para compartilhamento de dados que refinam as solicitações de amizade e qualidade dos anúncios exibidos na rede social. Uma opção nas configurações do WhatsApp teoricamente eliminaria tal compartilhamento permitindo travar essa espiadinha, mas não é bem isso que acontece já que a página de perguntas e respostas do aplicativo mostra que outras informações continuarão sendo coletadas.

E agora mais um poço de informações preocupantes em relação a esse caminho sem volta da coleta de dados foi mencionado por pesquisadores de segurança e até de um ativista, nessa matéria da BBC.

Dentre o que foi mencionado o que causa mais espanto são as revelações do ativista austríaco Max Schrems, que chegou a solicitar ao Facebook os seus dados pessoais, e acabou por receber um CD-ROM com um documento de 1.222 páginas. Nesse arquivo digital sobre a vida de Screms estava os números de telefones e endereços de e-mail de amigos e familiares, todos os eventos que foi convidado a participar, a lista de dispositivos utilizado para acessar o Facebook, todas as pessoas que foram adicionadas na rede, as que a amizade fora desfeita, além das mensagens privadas.

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O ativista que utilizou o Facebook durante três anos de forma ocasional, disse que os dados recebidos faziam parte de uma lista de 50 categorias diferentes, porém Schrems acredita que ao todo são mais de 100 categorias. O que significa que muitos dados não foram entregues. O que acaba por entrar naquele mérito em relação a quais dados são realmente retidos, e de que forma são administrados.

Com o poder que corporações como o Google e Facebook ostentam atualmente a posse de dados de reconhecimento facial que permite a identificação através de imagens e saber até quanto tempo que você passa lendo uma página sobre algum assunto específico.

Embora a computação em nuvem, a famosa Cloud Computing, seja sempre tratada de forma evolutiva, onde a capacidade de armazenamento para que as pessoas possam salvar suas informações continua crescendo, juntamente com outras possibilidades, alguns especialistas de segurança, como o Benjamin Caudill, continua aconselhando que os usuários não salvem dados sensíveis, como informações de cartões de crédito e imagens que você jamais gostaria que caísse na rede se algum dia o serviço fosse comprometido. Um episódio que remonta a necessidade de seguir essas dicas é o caso de 2014 de uma falha do iCloud, onde fotos íntimas de diversas celebridades acabaram vazando.

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Outro problema no que tange a nuvem é mencionado pelo professor Dan Svantesson, que é especialista Direito da Internet na Universidade de Bond, na Austrália. Svantesson diz que como os diversos provedores de nuvem acabam duplicando os dados em servidores fora do país de origem da companhia é possível que essas outras nações onde essa cópia de dados foi recebida não tenham o mesmo nível de proteção da sua própria nação.

Em relação as empresas mais da metade do armazenamento em nuvem está nas mãos de quatro gigantes: Amazon, com cerca de um terço da quota de mercado internacional e mais de 35 centros de dados, seguida pela Microsoft, IBM e Google.

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