FBI consegue desbloquear iPhone 5c usado por terroristas e deixa Apple 'em paz'
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América teve sucesso no desbloqueio do smartphone da Apple usado por terroristas no ataque de San Bernardino, Califórnia, em meados de dezembro de 2015. A revelação ocorreu em um arquivamento feito na corte local, ainda nesta segunda-feira, 28 de março.
Por não precisar mais da companhia de Cupertino para acessar os arquivos internos do telefone, a organização governamental enviou uma requisição a juíza Sheri Pym, responsável pela avaliação do caso, para cancelar o processo que havia sido aberto contra a empresa liderada por Tim Cook, embora a mesma já tenha sido reportadamente liberada pela justiça estadunidense na semana passada, 22 de março. Os especialistas do FBI estão diretamente ligados à recuperação dos dados do aparelho, tratando-se de um iPhone 5c, recebendo ajuda de terceiros para alcançar o feito julgado impossível pela própria Apple.
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Com o fim da batalha legal entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Apple, apenas um único caso é resolvido, já que as questões de privacidade e segurança ainda pairam no mercado de tecnologia atual, cujas menções ganharam força com a participação da Microsoft, Facebook, Samsung, Google, Amazon e outros grandes nomes.
Apesar do método usado pelo FBI ainda ser um mistério, o órgão federal diz ter "acessado com sucesso as informações armazenadas no celular do terrorista e não precisa mais da assistência da Apple". Isto levanta sérias dúvidas sobre a proteção dos dados pessoais usada pela Maçã em seus dispositivos, visto que John McAfee, criador da primeira companhia de antivírus do mundo, McAfee Associates, também diz ser capaz de desbloquear um iPhone 5c sem a ajuda da APPLE.
Ainda colocando a proteção dos usuários da Apple em cheque, CNN diz que o método usado pelo FBI para resgatar os dados no smartphone envolvido no ataque terrorista é exclusivo ao iPhone 5c, não podendo acessar, por exemplo, os modelos mais recentes feitos pela empresa. Em um depoimento separado, o Departamento de Justiça dos EUA afirma que irá continuar a perseguir meios de assegurar a proteção nacional e a segurança pública, encontrando formas na lei para que as informações digitais não sejam completamente inacessíveis, dependendo do caso.
Em outras palavras, a privacidade não será totalmente respeitada, conforme a situação. Apple ainda não divulgou um comunicado oficial, mas assim como Tim Cook fez em sua carta aberta, a gigante deve lutar publicamente por seus ideais nos próximos dias.
