Jurassic Park: cientistas brasileiros criam galinhas com pernas de dinossauros
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Os cientistas da Universidade do Chile fizeram experimentos na área do desenvolvimento de embriões de galinha para produzir frangos com patas mais longas, uma característica típica dos seus antecessores, os dinossauros.
Um time de pesquisadores da Universidade do Chile liderado pelo brasileiro João Francisco Botelho conseguiu interferir no desenvolvimento do embrião de uma galinha para fazer com que o pintinho nascesse com uma perna típica de um dinossauro.
"Quem vier a consumir estes frangos assados terá coxas bastante longas", escreveram os pesquisadores em um comunicado de imprensa.
Os cientistas explicaram que queriam estudar os mecanismos envolvidos na evolução das patas das galinhas, que evoluíram a partir dos dinossauros.
Eles descobriram que, quando um gene de maturação nas galinhas foi inibido, as galinhas mantiveram o osso perónio tubular, tanto como a tíbia, e ligada ao tornozelo, tal como os dinossauros.
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Além de identificar e inibir o gene associado, os cientistas também observaram que o outro osso da pata, a tíbia, era significativamente mais curto, um desenvolvimento que sugere que o osso perónio semelhante aos dinossauros estava ligado à articulação inferior da pata para impedir a tíbia de crescer.
Esta observação é consistente com a evolução das aves registrada em fósseis, que mostra que as primeiras formas de evolução dos perónios reduzidos foram as aves com dentes, a partir do início do Cretácio. Estas viveram ao lado dos dinossauros e tinham os perónios desligados da articulação inferior da pata, mas eram quase tão longos quanto a tíbia.
"Os experimentos estão focados nas características individuais, para testar hipóteses específicas", disse Vargas.
"Não só sabemos muito sobre o desenvolvimento das aves e também sobre a transição dos dinossauros para as aves, o que é bem documentado no registro de fósseis. Isto leva naturalmente a hipóteses sobre a evolução que podem ser exploradas em laboratório, " ele explicou.
