Executivo da Apple acredita que o FBI pode piorar ainda mais as violações a privacidade
Sabemos que se o FBI conseguir vencer seu debate contra a Apple no caso do iPhone San Bernardino, as consequências serão sentidas por empresas de tecnologia e cidadãos norte-americanos igualmente. Para o VP sênior da Apple de software internet e serviço, Eddy Cue, uma vitória para a agência do governo poderia significar que a vigilância poderia atingir um nível totalmente novo.
Na quarta-feira, Cue deu uma entrevista para o site espanhol, Univision. Nela, ele disse que se a Apple for obrigada a destravar o seu dispositivo isto poderia ser o início de um caminho escorregadio que levaria ao governo a forçar a empresa de Cupertino para usar microfone e câmera de um iPhone para espionar as pessoas.
Cue confirmou na entrevista que, como esperado, a Apple vai recorrer da decisão para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos se perder o caso. A empresa também tem planos para continuar a melhorar os recursos de criptografia encontrados em seus dispositivos.
Cue também apontou o problema que o governo dos EUA tem quando se trata de manter os dados - incluindo a de seus próprios empregados - a salvo de hackers. Ele argumentou que a oposição da Apple às exigências do FBI é uma tentativa da empresa para proteger o público.
Apple tem o apoio de um número de grandes empresas de tecnologia no caso legal, incluindo os rivais da Microsoft e da Google. As empresas planeja a apresentação de um amicus conjunta apoiando a fabricante do iPhone em seu próximo julgamento.
Recentemente, NSA denunciada por Edward Snowden entrou no debate, dizendo ao FBI que só a Apple tem os "meios técnicos exclusivos" para desbloquear o iPhone.