Aprendizado cerebral: Ondas cerebrais de professor ensinam aluno

#Notícia Publicado por Lucas...F.S..., em .

IMAGEaHR0cDovL3d3dy5pbm92YWNhb3RlY25vbG9naWNhLmNvbS5ici9ub3RpY2lhcy9pbWFnZW5zLzAxMDE4MDE2MDMwMi1hcHJlbmRpemFkby1lc3RpbXVsYWNhby1lbGV0cmljYS5qcGc=

Imagine aprender algo recebendo diretamente as ondas cerebrais do seu professor. Não, não se trata de telepatia e de nenhum truque tentando lhe vender algo que não funciona.

Quem está por trás destes novos experimentos é a equipe do professor Matthew Phillips, dos Laboratórios HRL, pertencentes à Boeing.

O controle de equipamentos, computadores e próteses robotizadas já é comum, sendo feito a partir das ondas cerebrais coletadas pelo conhecido exame de eletroencefalograma, que usa sensores postos sobre o crânio.

As ondas coletadas são então interpretadas por um programa que se responsabiliza por controlar o equipamento.

Treinamento com ondas cerebrais alheias

Em vez de usar as ondas cerebrais para controlar diretamente o programa, Phillips utilizou-as para treinar um outro usuário, um aprendiz, que estava estudando para executar a mesma tarefa.

"Nós medimos os padrões de atividade cerebral de seis pilotos comerciais e militares, e depois transmitimos esses padrões para indivíduos novatos à medida que eles aprendiam a pilotar um avião em um simulador de voo realista," conta o pesquisador.

Para a transmissão das ondas do piloto treinado para o piloto aprendiz foi utilizada uma outra técnica também bem conhecida da Medicina, a estimulação transcraniana por corrente contínua, já utilizada em outros experimentos para tentar melhorar a cognição e a memória, mas ainda sem resultados inequívocos.

E deu certo, com os aprendizes que receberam a estimulação craniana com ondas lidas do cérebro dos pilotos profissionais aprendendo mais rapidamente e apresentando um "controle mais fino" da aeronave no simulador.

Vestibular e aprendizagem de idiomas

Phillips ficou tão satisfeito com os resultados no treinamento dos pilotos que já fala na utilização da técnica em outras áreas.

"É possível que a estimulação do cérebro possa ser implementada em turmas para a formação de motoristas, cursinhos pré-vestibular e aprendizagem de línguas," disse ele.

"À medida que descobrimos mais sobre como otimizar, adaptar e personalizar os protocolos de estimulação do cérebro, provavelmente veremos essas tecnologias se tornando rotineiras em ambientes de treinamento e nas salas de aulas," previu.

Lucas
Lucas #Lucas...F.S...
, Fortaleza, Ceara, Brasil
Publicações em Destaque