Cientistas provam a existência de ondas gravitacionais; Fisíco brasileiro diz que viagem no tempo é possív

#Notícia Publicado por Frocharocha, em .

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Físico brasileiro diz que viagens devem ser possíveis daqui a 100 anos.

Cientistas confirmaram fenômeno previsto por Einstein nesta quinta (11).

Cientistas anunciaram nesta quinta-feira (11) que detectaram pela primeira vez as ondas gravitacionais, ondulações no espaço e no tempo, antecipadas hipoteticamente pelo físico Albert Einstein há um século, em uma descoberta marcante que abre uma nova janela para o estudo do cosmos.

Os pesquisadores disseram ter detectado ondas gravitacionais oriundas de uma colisão entre dois buracos negros - objetos extraordinariamente densos cuja existência também foi prevista por Einstein - de 30 vezes a massa do Sol, ocorrida a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra.

O estudo Observation of Gravitational Waves from Binary Black Hole Merger (Observação de ondas gravitacionais de uma fusão binária de Buracos Negros, em tradução livre) foi aceito e publicado pela revista científica Physical Review Letters.

Comentada há meses pela comunidade científica, a descoberta foi anunciada pelos pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory). O sinal captado pelo observatório do projeto em Louisiana e também em Washington (ambos nos EUA) e coincidem com os cálculos de comportamento gravitacionais dessas ondas produzidas após a colisão de dois buracos negros.

Já a ideia de viajar no tempo vêm dos filmes de ficção, podem estar mais próximas de virar realidade. Segundo um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), que participou do estudo sobre as ondas gravitacionais, isso poderá acontecer daqui a 100 anos.

Quando elaborou sua teoria da Relatividade Geral, Einstein afirmou que a gravidade é uma força de atração que age distorcendo o espaço e o tempo - espaço e tempo em sua concepção são uma coisa só. Quando há uma interação de objetos muito maciços, para os quais a força da gravidade é muito grande, eles produzem ondas que se propagam pelo espaço e tempo.

"Você pode desenhar dois pontos distantes no papel, digamos milhões de anos-luz de distância um do outro, e, ao dobrar a folha, aproximá-los. Isso é fazer um atalho em outras dimensões e pular de um ponto do espaço e do tempo para o outro, como foi mostrado no filme 'De Volta para o Futuro'", explicou o professor Odylio Aguiar, um dos pesquisadores.

Experimento

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O que os pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) encontraram em seus experimentos essencialmente foram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes interagindo entre si. Neste caso específico, os cientistas acreditam que o evento observado seja fruto da interação entre dois enormes buracos negros.

O Ligo consiste em dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando conjuntamente. 

O Ligo em si começou a funcionar em 2002, depois de outros experimentos iniciais, e sua sensibilidade vem sendo aprimorada desde então. Só com um aprimoramento maior realizado no ano passado, porém, foi possível detectar um primeiro evento. A colisão de buracos negros registrada pelo projeto foi detectada em 14 de setembro.

O custo do projeto Ligo foi estimado em US$ 620 milhões. O projeto foi uma iniciativa conjunta do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Ao longo dos 40 anos que se passaram entre a construção do primeiro detector e a detecção das primeiras ondas gravitacionais, outros centros de pesquisa se juntaram à iniciativa, como o Inpe e o IFT-Unesp (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista).

Fontes

Globo

R7

Frocharocha
Frocharocha
, São Paulo
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