EUA quer definir computador do Google Car como motorista

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Decisão por parte de órgão regulador de transportes poderia impulsionar nova geração de carros autônomos

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A agência reguladora de transportes dos Estados Unidos tem defendido que as regras para transportes poderiam ser atualizadas para que computadores em carros autônomos possam ser considerados como motoristas, mas acrescentou que a criação dessas regras pode levar ainda um tempo.

Uma decisão como essa da Administração de Segurança do Trânsito em Rodovias Nacionais (NHTSA, na sigla em inglês) poderia ser um grande impulso para o Google e outras companhias incluindo montadoras que estão trabalhando em veículos parcialmente ou integralmente autônomos.

"Se nenhum humano ocupante do veículo pode de fato dirigi-lo, é mais razoável identificar o motorista como qualquer coisa que esteja dirigindo", escreveu Paul A. Hemmersbaugh, chefe do conselho do NHTSA, em comunicado em resposta a proposta do Google relacionada aos seus carros sem motorista.

Sob os padrões da legislação para veículos motorizados nos EUA, uma regra conhecida como "49 CFR 571.3" descreve como motorista o ocupante de um veículo motorizado como aquele que está sentado atrás do sistema de controle.

A medida que desenvolve e testa mais sistemas autônomos que serão controlados por computadores, os chamados sistemas de direção autônoma, incluindo alguns que não contam com volantes e nem freios, o Google pediu conselho ao NHTSA para a interpretação das disposições da agência Federal Motor Vehicle Safety Standards para a operação de novos carros.

Essencialmente, o Google planeja produzir carros que estariam em um nível 4 de automação, isso significa remover os controles convencionais de um motorista, como volante, freios e os outros pedais, entre outras interfaces.

A NHTSA, por sua vez, deve considerar uma atualização de uma de suas regras em resposta às circunstâncias, mas reconhece que isso levará tempo. Ela sugeriu que o Google deve buscar as isenções às regras existentes no ínterim, incluindo as regras que governam a exigência de freios que podem ser ativadas por um controle de pé, e a localização, identificação, cor e iluminação dos comandos do veículo a motor e indicadores.

Vale lembrar que a Secretaria de Transportes dos EUA anunciou no mês passado que planeja investir US$ 10 bilhões nos próximos dez anos em projetos pilotos na área de veículos autônomos e também definirá um modelo regulatório para direcionar o uso da tecnologia em rodovias públicas.

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