Mandriva Linux encerra suas atividades
Depois de quase duas décadas de operação, a Mandriva, empresa franco-brasileira responsável pelo Mandriva Linux, está encerrando oficialmente suas atividades. A companhia, que surgiu a partir da aquisição da brasileira Conectiva pela MandrakeSoft, entrou em processo de liquidação na França, um dos últimos passos para a extinção de um negócio.
IMAGEaHR0cHM6Ly90ZWNub2Jsb2cubmV0L3dwLWNvbnRlbnQvdXBsb2Fkcy8yMDE1LzA1L21hbmRyaXZhMS03MDB4NTYwLnBuZw==
O processo de liquidação da Mandriva significa que a empresa transformará seus ativos em caixa para honrar as dívidas e compromissos, posteriormente destinando o saldo restante (se houver) aos sócios e responsáveis. Em 2013, segundo o Societe, a Mandriva faturou 553,6 mil euros, quantia que não foi suficiente para manter a companhia funcionando.
A empresa teve grande importância no desenvolvimento do Linux nos desktops na década passada. A Mandriva travou (e ganhou) em 2007 uma luta contra a Microsoft para distribuir o Mandriva Linux em 17 mil computadores destinados a escolas da Nigeria. Em 2010, o Ministério da Educação anunciou que o Mandriva seria o sistema operacional usado nos netbooks direcionados a escolas públicas no Brasil.
O Mandriva Linux teve sua última versão estável lançada em 2011. O espírito do Mandriva, por assim dizer, continua vivo no Mageia, fork criado por ex-funcionários da Mandriva, e no OpenMandriva, mantido pela comunidade.