RPG inspirado em 'Power Rangers' e arte 3D: games brasileiros

#Artigo Publicado por DoctorWho_nsm, em .

'Chroma Squad' e 'Toren' têm atraído atenção para produção nacional.

Lançados nas últimas semanas, jogos são bem diferentes entre si.

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Dois games nacionais têm recebido bastante destaque no mercado gamer ao redor do mundo nas últimas semanas. O G1 testou "Chroma Squad" e "Toren" e confirma que ambos merecem os elogios que têm recebido e algumas horas de jogo.

Lançados com apenas alguns dias de diferenças, os títulos conseguiram atrair a atenção do público para o desenvolvimento nacional de games, que até então se destacava na produção voltada a aparelhos móveis.

Apesar de compartilharem a nacionalidade, os dois jogos não dividem muitas outras características. Ambos não escondem as inspirações em produções japoneses, mas as semelhanças param por aí. Se visualmente são diametralmente opostos, em características como jogabilidade, trilha e enredo eles são bem diferentes.

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"Chroma Squad"

O RPG de turno parece feito para toda uma geração que cresceu assistindo a séries como "Power Rangers" e outras produções no estilo "Super Sentai" (equipes de super-heróis com armaduras coloridas e robôs gigantes).

Nele, é possível não apenas controlar o seu próprio time contra os mais variados monstrengos que ameaçam o mundo, mas realizar aquele provável sonho de infância de produzir a sua própria série do tipo.

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Afinal de contas, o jogador não deve se preocupar somente com as batalhas, capangas e vilões, mas também em como aumentar o interesse do público, episódio após episódio.

Com visual 8 bit, claramente inspirado em games dos anos 1990, "Chroma Squad" oferece uma variedade surpreendente de variações e alternativas de customização. Ou seja, construir novas armas e armaduras para seus heróis não é o bastante. É importante também investir em novas peças para o mecha (robô gigante da equipe) e modernizar os equipamentos do estúdio.

"A gente tinha sempre o costume de assistir 'Power Rangers' quando era criança", conta Hugo Vaz, artista da goiana Behold Studios, responsável pelo game. "Tínhamos uma carga metalinguística dos nossos jogos anteriores, então meio que foi a ideia perfeita, combinar os Super Sentai, a batalha tática e o manager de estúdio." Veja no vídeo acima.

Disponível para: PCs (versões para Playstation 4 e Xbox One devem ser lançadas até o final de 2015).

"Toren"

O primeiro game brasileiro agraciado pela lei Rouanet de incentivo a cultura foi desenvolvido com o ambicioso plano de oferecer um gráfico digno de títulos da geração atual de consoles. Após dois anos de produção, "Toren" chega muito perto de seu objetivo, mas também tem problemas em outros pontos importantes.

A construção da mitologia do game é impressionante, e muito de sua arte é extramemente competente, assim como a trilha e os efeitos sonoros. No game, o jogador controla a Criança da Lua, que deve enfrentar um dragão para fugir de uma torre e salvar o mundo de um Sol que não se põe desde o seu aprisionamento.

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O jogo conta uma história de amadurecimento, e é possível acompanhar o crescimento literal da personagem, que passa de bebê a uma jovem adulta ao longo de sua subida pela construção.

Muitos dos quebra-cabeças oferecidos têm ideias interessantes, como um mapa em que é necessário se guiar por um reflexo no céu para poder continuar sua caminhada.

"É muito difícil tecnicamente fazer um jogo 3D no Brasil, então a gente teve que dar um foco especial às outras áreas [como jogabilidade e enredo] para ele conseguir ser competitivo", afirma o diretor do jogo, Alessandro Martinello, do estúdio gaucho Swordtales. Assista ao vídeo acima.

"A gente teve que aprender do zero muitas coisas que são normais na indústria lá de fora", diz ele, sobre os desafios do projeto. "Parte dessa dificuldade foi superada por causa do financiamento da lei Rouanet, que possibilitou que fizéssemos o ideal da produção que se faz fora do Brasil, mas com três vezes menos dinheiro."

Disponível para: PCs e Playstation 4

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