O Conto de Istyar - Uma fanfic no universo de The Elder Scrolls

#Descontração Publicado por grandemestredosmagos, em .

Olá pessoal.

Venho aqui compartilhar com vocês um pouquinho do livro que estou escrevendo desde 2006, desde de então venho jogando os jogos da série, lendo os livros e me aprofundando ainda mais no universo de TES.

Antes de mais nada, gostaria de dizer que esse é um conto pessoal e não viso publica-lo nem ganhar um centavo com ele, apenas compartilhar um pouco de conhecimento com as pessoas que amam, assim como eu, The Elder Scrolls.

Meu conto, se passa no universo de The Elder Scrolls, desde a 1ª era até o inicio da 4ª. Conta a história de um jovem Altmer(High Elf), chamado Istyar, um mago muito talentoso que possui uma habilidade muito peculiar: Matar apenas usando o poder da mente, utilizando as escolas de Ilusão e Misticismo. Porém, a vida de Istyar começa a desmoronar quando ele descobre fatos sobre seu passado, o passado de sua família e até mesmo o porque de sua existência. Amor, ódio, traição, e busca por vingança marcam o que se tornou a miserável vida de Istyar depois dessas revelações. Já adianto que Istyar está longe de ser um herói, então, caso vocês curtirem esse pequeno prólogo abaixo, me comprometo a postar o resto de história com o tempo.

Espero que gostem.

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Prólogo

Skywatch Fields, Summerset Isles, 2E - 486

- Curandeiro! Venha cá agora! Este aqui está vivo! - Gritou um High Elf em uma armadura brilhante dourada, com ares de um capitão. - Soldado, o que aconteceu aqui? - Perguntou ele ao elfo que jazia no chão, sem acreditar que ele estivesse vivo.

- Ele... Ele tinha a própria Morte nos olhos. - Começou o outro elfo.

"Quero dizer, se a própria Morte tivesse encarnado em alguém, teria sido ele. Seus olhos eram como poças de uma escuridão profunda que apenas mostravam desejo de matar. Ele apareceu do nada, em cima de um morro, vestido em um robe negro que cobria todo o corpo. Mesmo percebendo que estávamos mobilizando nossas forças, ele continuou parado. Magos e arqueiros assumiram suas posições acima das muralhas e a infantaria pesada e alguns poucos cavaleiros de patente maior foram para fora dos portões. Ninguém realmente sabia o porquê os Senhores da Cidadela tinham mobilizado uma legião inteira por causa de apenas um homem. Mas quando os céus azuis e o caloroso sol do meio-dia deram lugar a um céu cinzento e nuvens pesadas nós sabíamos que ele não era um homem normal. Você sabe que Summerset não é conhecida por seus dias de chuva...

E assim uma chuva torrencial começou a cair, uma tempestade como nunca tinha visto antes, parecia que nos afogaríamos na agua que caia dos céus. No exato momento em que a chuva começou a cair, o homem começou a andar em nossa direção e eu senti uma pontada de medo, naquele momento eu percebi que nada poderia deter aquela pessoa, nem mesmo nossa legião. Ele removeu o seu robe negro e naquele instante todos o reconhecemos. Um Altmer sem o braço direito e com uma Dai-katana de quase dois metros flutuando ao seu lado? Qualquer um em Summerset o reconheceria.

Ele arremessou sua espada contra nós, como se fosse um míssil de um balista de guerra e eu vi aquela coisa amaldiçoada cortar o soldado ao meu lado em dois, ela ficou parada no ar por um instante e logo após começou a lutar sozinha, come se tivesse vida própria ou pior, como se alguma alma a empunhasse. Eu senti o mais intenso desejo de fugir, mas não fugi, corri em direção ao elfo, mantendo meu escudo erguido e minha espada pronta. Eu sou um soldado de Summerset, por mais amedrontador que seja meu adversário, meu orgulho não me deixa fugir dele, você provavelmente compreende.

Eu não olhei pra trás, mas eu sabia que tinha sido o único a correr para o combate.

E então eu rezei, o que mais poderia fazer? Rezei para que os Oito me mantivessem vivo. Eu estava muito amedrontado até para olhar para frente, mas quando finalmente eu reuni coragem para olhar para ele, eu o vi a menos de dois metros de mim, correndo, sem nem mesmo olhar para mim. Nesse momento o tempo parou e eu pude ver até mesmo as gostas de chuva, foi nesse instante que os olhos dele encontraram os meus. Olhar naqueles olhos foi a coisa mais corajosa que já fiz na minha vida toda, e eu não tenho vergonha de admitir que larguei minhas armas e cai de joelhos, afinal de contas, era impossível lutar contra aquele ser. Quando ele percebeu que eu havia desistido, eu escutei uma voz em minha cabeça, ela disse apenas uma palavra: Sábio.

Depois disso, eu senti uma dor terrível em todo meu corpo e cai, inconsciente."

O capitão olhou para o elfo moribundo, e depois olhou para o campo em frente as muralhas de Skywatch, incontáveis corpos mutilados de soldados jaziam no chão pintado de vermelho. Ele se recusava a creditar que apenas um elfo havia feito aquilo tudo.

- Você ainda não disse quem fez isso tudo. - Disse o capitão, porém, ele já sabia a resposta mas continuava incrédulo.

- Você realmente necessita de que o nome dele saia de minha boca? Senhor, éramos mais de quinhentos soldados aqui, olha para o campo e vejo o que restou de nós. Ele pisou em nós como se fossemos nada. Agora somos apenas corpos mutilados.

- Mas, eu vi ele morrer. Não pode ser verdade. - a face do capitão mostrava uma agonia angustiante, misturada com um terror imenso. - Ele foi banido deste plano!

O soldado riu alto, soltando sangue pela boca em meio as gargalhadas.

- Eu ouvi histórias sobre como a Tríade uniu forças para destruí-lo, de como sua carne foi desintegrada pelo poder dos Três, e sobre o juramento que ele fez antes de morrer. - Nesse momento o capitão desviou o olhar para longe do soldado. - Histórias de como eles capturaram a alma dele em uma gema negra e vibrante, e que os Deuses nos perdoem, história sobre o que eles fizeram com ela.

- Você está delirando. - Disse o capitão, inquieto. - Vamos entrar na cidadela e descobrir o que aconteceu aqui. - Ele levantou um braço e acenou. - Alguém tome conta desse pobre bastardo.

- Há! Você vai entrar lá? Eu não faria isso, mas lhes desejo sorte. - Disse o soldado. - Não se importe comigo, lhes peço um último desejo, como pagamento pelos relatos, mate-me rapidamente, por favor. Eu faria isso por eu mesmo, mas como vocês podem ver, minhas pernas e braços estão um pouco longe de mim. - Disse o soldado com um sorriso doentio na face, acenando para os seus membros decepados a alguns metros dele.

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