Estudo aponta que consumidores querem mais informação e comodidade

Os compradores procuram experiências de compra que reúnam os melhores recursos físicos e digitais dos varejistas. Um estudo da Oracle revelou que os clientes querem poder acessar de forma rápida e simples a toda a informação que desejem sobre um determinado produto.

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Num momento em que as tecnologias estão mudando todos os setores, a indústria do varejo está se transformando. Uma pesquisa conduzida pela Oracle, intitulada Retail Without Limits - A Modern Commmercial Society ("Varejo sem Limites - Uma Sociedade Comercial Moderna"), que ouviu 500 pessoas de dez países (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos), revelou que 70% dos inquiridos acredita que os varejistas poderiam otimizar as experiências de compra através de um acesso mais simples à informação sobre os seus produtos e serviços, tanto online como dentro das lojas.

Como apurado, mais de dois terços dos consumidores recorre ao smartphone para efetuar pesquisas ou compras de produtos, e 56% afirmou que já comprou diretamente numa loja estrangeira.

Segundo o estudo, a melhoria das experiências em loja permite que os comerciantes consigam conquistar um maior volume de clientes, e que a implementação de fortes e eficazes estratégias de mobilidade permite que os compradores tenham um acesso mais facilitado às informações que pretendem, seja na disponibilidade no estoque, seja preços e características particulares de um produto.

Conta a Oracle que 83% dos participantes considera desejável a integração de tecnologia no varejo. Estes valores chegaram aos 78% na China e aos 70% na Alemanha.

A transparência está também na lista dos aspectos mais valorizados pelos clientes. 59% acredita que a disponibilização de informação clara e útil, em websites ou na própria loja física, é essencial para acrescentar valor à experiência de compra.

67% dos ouvidos revelou integrar o seu smartphone no processo de compra, pesquisando produtos e serviços, e as respectivas características, em redes sociais, aplicações e na web.

A tecnologia também quebra a limitação geográfica, permitindo que os negócios do varejo navegue por vários mercados e cheguem a um público mais amplo. 56% dos participantes no estudo afirmou já ter comprado artigos em lojas estrangeiras através de ferramentas digitais.

Contudo, com a digitalização, crescem também as preocupações com a privacidade dos dados a que entidades externas podem ter acesso. Apesar de 56% dos consumidores dizem que é importante que os varejistas tenham acesso aos dados e informações dos clientes, para que assim possam aprimorar as experiências de compra, mais de metade revela ainda alguma reticência na disponibilização destes dados pessoais. Por outro lado, 23% dos inquiridos afirmou não ter qualquer problema com o monitoramento dos seus movimentos pelos comerciantes, seja dentro das lojas ou online.

Revela também o estudo que cresce a tendência de comprar produtos online e de retirá-los na loja física, dispensando os custos e a espera da entrega. 44% dos consumidores ainda prefere efetuar as compras na loja física. Já 34% dos inquiridos demonstrou preferir as compras online que são entregues em casa.

Jill Puleri, vice-presidente da unidade de varejo da Oracle, afirma que "os consumidores neste momento desfrutam de um mercado global em franco crescimento, onde fazem compras através do dispositivo móvel que tiverem mais à mão". A executiva diz ainda que os negócios do varejo têm que adaptar-se a estas constantes e substanciais, sem perderem de vista a sua própria rentabilidade e estabilidade.