Apps para Android agora estão sendo testados por humanos antes de entrarem no Google Play
O Google está mais criterioso na hora de publicar aplicativos para Android na Play Store. A empresa anunciou nesta terça-feira (17) que adicionou mais uma camada de segurança na loja, formada por especialistas que analisam o software manualmente para encontrar violações às políticas de desenvolvedores, algo semelhante ao que a Apple faz na App Store.
IMAGEaHR0cDovL2ZzMDQuYW5kcm9pZHBpdC5pbmZvL3VzZXJmaWxlcy8zOTcxOTYwL2ltYWdlL2FwcHMvYW5kcm9pZHBpdC1nb29nbGUtcGxheS1zdG9yZS10ZWFzZXIuSlBH
Essa camada adicional de segurança não vai impactar na velocidade de publicação de aplicativos no Google Play? Na verdade, embora o anúncio tenha sido feito somente agora, o Google está testando o novo sistema há meses. "Até o momento, desde que começamos a adotar essa prática, não foram observadas mudanças perceptíveis no tempo de lançamento de um novo aplicativo", diz a empresa.
"Nós valorizamos a rápida inovação e atualização já características do Google Play e vamos continuar ajudando os desenvolvedores a inserirem seus produtos no mercado apenas algumas horas após a inscrição, em vez de dias ou semanas", informa o comunicado publicado no blog oficial do Google. Atualmente, na App Store, é comum que novos aplicativos demorem vários dias para serem publicados.
IMAGEaHR0cHM6Ly90ZWNub2Jsb2cubmV0L3dwLWNvbnRlbnQvdXBsb2Fkcy8yMDE0LzEwL2xvbGxpcG9wLTcwMHgzOTIucG5n
Antes da novidade, todos os aplicativos do Google Play já passavam por uma verificação automática, feita por computadores, que analisa os aplicativos e evita que malwares sejam publicados na loja. Relatos de malwares no Android são relativamente comuns, mas as pragas raramente são distribuídas pela Play Store, então dá para dizer que a camada automática era eficiente.
De acordo com o Google, que afirma ter pago mais de US$ 7 bilhões aos desenvolvedores de aplicativos no último ano, os relatórios estão mais transparentes e mostram mais informações que explicam o motivo de uma possível suspensão ou rejeição de um aplicativo no Google Play.
IMAGEaHR0cHM6Ly90ZWNub2Jsb2cubmV0L3dwLWNvbnRlbnQvdXBsb2Fkcy8yMDE1LzAzL25vdm8tY2xhc3NpZmljYWNhby1nb29nbGVwbGF5LTcwMHg1NDMucG5n
Além de melhorar a segurança da Play Store, o Google está aderindo ao IARC (Coalizão Internacional de Classificação Etária, na sigla em inglês). Isso significa que os aplicativos e jogos do Google Play passarão a exibir a classificação etária da IARC e dos órgãos participantes, o que inclui o Ministério da Justiça brasileiro.
Segundo o Google, o processo será rápido, automático e gratuito para os desenvolvedores: bastará preencher um questionário de classificação para cada um dos aplicativos publicados no Console do desenvolvedor. A partir de maio, o fornecimento das informações de classificação etária será obrigatório para todos os desenvolvedores.
IMAGEaHR0cHM6Ly90ZWNub2Jsb2cubmV0L3dwLWNvbnRlbnQvdXBsb2Fkcy8yMDE1LzAzL0NsYXNzaWZpY2ElQzMlQTclQzMlQTNvX0luZGljYXRpdmEucG5n
A classificação etária brasileira (Livre, 10, 12, 14, 16 e 18 anos), bem como as equivalentes dos órgãos participantes da IARC, como a norte-americana Entertainment Software Rating Board (ESRB) e a europeia Pan-European Game Information (PEGI), aparecerão nas próximas semanas para todos os usuários.