Após ameaça de Obama, Internet da Coréia do Norte sai do ar, diz empresa

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A internet da Coreia do Norte saiu do ar nesta segunda-feira (22), três dias após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometer uma resposta do país ao ataque cibernético dos asiáticos à Sony Pictures. Na sexta, a FBI apontou o regime de Pyongyang como responsável por invadir os sistemas do estúdio de Hollywood, que resultou no vazamento de milhares de senhas e informações pessoais de funcionários e astros, além de conversas privadas entre executivos que causaram desconforto à empresa.

A interrupção da conexão à internet foi publicada pelo jornal "New York Times" e confirmadas ao G1 pelo Dyn Research, empresa que monitora instabilidades na rede mundial de computadores. "Atualmente, todas as quatro redes da Coreia do Norte que normalmente se conectam à internet global estão fora de alcance", afirmou James Cowie, cientista-chefe da Dyn, por e-mail.

Desconectada

A internet norte-coreana começou a ter problema ainda no domingo e foi interrompida definitivamente às 2h de sábado (15h de sexta-feira, no horário de Brasília). A instabilidade durou 24 horas. Coincidentemente, os problemas começaram quando o governo da Coreia do Norte divulgaram um comunicado negando serem autores do ataque, pedindo que os EUA se desculpassem pela acusação e afirmando que o exército do país está pronto para um embate.

"Nosso mais duro contra-ataque será dirigido à Casa Branca, ao Pentágono e a todo o território continental dos Estados Unidos superando amplamente o contra-ataque simétrico declarado por [Barack] Obama", afirma Pyongyang. A Coreia do Norte rebateu assim a acusação do FBI que, após investigação, responsabilizou o governo de Kim Jong-un pela invasão à Sony. Ameaças feitas pelo grupo hacker "Guardiães da Paz", que reivindica o ataque, fizeram o estúdio cancelar o lançamento do filme "A Entrevista". Apontado como estopim do conflito, o longa é comédia que mostra um plano da CIA para matar o líder norte-coreano.

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'Maneira proporcional'

Para o presidente Obama, a invasão não foi "um ato de guerra", mas "um ato de vandalismo cibernético que custou muito caro". "Levamos isso muito a sério. Vamos responder de maneira proporcional", sentenciou.

Cowie afirma que ainda não é possível saber a causa da suspensão da conexão, "mas os dados são consistentes com um ataque ou algo como uma falha de energia intermitente que afeta o equipamento de rede". Na hipótese do ataque, o modelo utilizado, diz o cientista, é o DDoS. Chamado "ataque de negação", ocorre quando um grande volume de tráfego é direcionado a um servidor com o objetivo de sobrecarregá-lo. Essa é a causa mais provável, afirma Cowi. "O padrão de longa instabilidade, seguida de suspensão, torna menos provável que seja o resultado de um simples corte de cabo de fibra ótica."

Sob um regime ditatorial que mantém pouca conexão com o mundo, a Coreia do Norte possui poucas conexões com o mundo. Enquanto detém só quatro, países com população similar são mais conectadas. O Yemen possui 47, o Afeganistão, 370, e Taiwan, 5.031. Quinto em número de internautas no mundo e prestes a se tornar o quarto país da internet, o Brasil possui 26,5 mil redes de internet. Além dessas redes, a Coreia do Norte possui conexão a partir de um servidor da China Unicom, empresta estatal chinesa. Isso, porém, torna "a conectividade deles relativamente frágil".

Vinícius
Vinícius #ViniGHZ
, Curitiba, Parana, Brasil
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