Ex-prefeito de NY diz que processo de ditador contra Activison é absurdo
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A Activision anunciou que o advogado e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, irá aconselhá-la na defesa contra um processo movido pelo ex-ditador do Panamá, Manuel Noriega, que acusa a empresa de usar sua imagem sem autorização em Call of Duty: Black Ops 2.
Em seu primeiro pronunciamento sobre o caso, Giuliani classificou como "absurdo" o processo e lembrou que Noriega está na prisão por crimes hediondos e sempre foi "um tirano que passou por cima dos direitos de seu próprio povo".
- "O que é surpreendente é que Manuel Noriega, um ditador notório que está na prisão pelos crimes hediondos que cometeu, está chateado por ter sido retratado como um criminoso e inimigo do Estado no jogo Call of Duty. Simplesmente, é um absurdo", disse Rudy Giuliani.
- "Eu não estou interessado em dar esmolas a um assassino e traficante de drogas condenado como Manuel Noriega, que está exigindo dinheiro da Activision e de seu popular Call of Duty por simplesmente exercer o seu direito à liberdade de expressão. O ataque de Noriega sobre os direitos de Call of Duty não é nenhuma surpresa, considerando que ele é um tirano sem lei que passou por cima dos direitos de seu próprio povo".
Noriega é o personagem central da missão "Suffer with Me" de Black Ops 2, na qual o jogador deve caçar o ditador na selva ao redor da Cidade do Panamá. O processo acusa a Activision de "usar inadequadamente, explorar fora da lei e se apropriar para ganho econômico" da imagem de Noriega.
- "O autor da ação é retratado como um antagonista e mostrado como o culpado de vários crimes fictícios hediondos, criando uma falsa impressão de que os acusados seriam autorizados a usar a imagem e semelhança do autor da ação", descreve o processo.
Noriega quer uma indenização pelo uso indevido de sua imagem pela Activision, perda de oportunidades de lucro e violação de direitos comuns por conta do uso de sua imagem "como um sequestrador, assassino e inimigo do estado".
Na vida real, Noriega foi ditador do Panamá de 1983 a 1989, quando foi deposto pelos Estados Unidos e levado a julgamento. Ele foi preso em 1992 e desde 2011 está em liberdade condicional.
A Activison pretende fazer um pedido para anulação do processo na Corte Superior da Califórnia, baseada em um estatuto que protege a liberdade de expressão.