Alone In The Dark 5: Afinal, o que aconteceu?

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A maioria dos gamers com certeza já ouviu falar de Alone In The Dark. Aos que não sabem, essa franquia foi praticamente quem criou o gênero survival horror como conhecemos, ou seja, com puzzles, câmeras estáticas, bastante exploração e itens. O primeiro jogo foi lançado a cerca de 22 anos atrás e foi uma revolução ao gênero. Com ele, novas franquias foram surgindo, como os clássicos Resident Evil e Silent Hill, e assim, iniciou uma nova fase de jogos de terror.

Com o passar do tempo, outros jogos da serie Alone In The Dark foram lançados e ainda faziam sucesso. Alone In The Dark 4: The New Nightmare, foi lançado em 2001, e foi o ultimo jogo da serie com uma boa recepção. Apenas 7 anos depois, iríamos ver um novo jogo da franquia ser lançado novamente, um jogo que prometia ser um reboot, chamado apenas de Alone In The Dark (No caso, seria o 5).

Então, finalmente o dia havia chegado, o jogo foi lançado e o inesperado aconteceu... O jogo foi um fracasso. Com péssimas notas da critica e de usuários, o jogo basicamente manchou o nome da franquia, que apesar de ter sido um sucesso financeiro segundo a Atari, fez com que aquela incrível franquia, criadora do gênero, virasse apenas um insignificante jogo. O post a seguir ira falar mais sobre Alone In The Dark 5, analisando o que ele teve de incrível e que muitas vezes é ignorado devido ao seu fracasso em outras áreas, mas que não deviam ser esquecidos. Alone In The Dark 5, na minha opinião, tinha de tudo para ser um dos melhores jogos do gênero, com grandes inovações e mecânicas que eram fantásticas para a época, e ate mesmo para hoje.

Finalmente, 6 anos depois, agora em 2014, estamos vendo um novo jogo da serie chegando. Alone In the Dark: Illumination, o sexto jogo da serie, chegara no final desse ano. Afinal, será que o novo jogo conseguira trazer a serie de volta ou será um outro fracasso? Bem, vamos esperar para ver. A seguir, veja o que Alone In The Dark 5 fez de incrível, e posteriormente, o que falhou e como seria caso o jogo não tivesse esses problemas.

Atmosfera

Alone In The Dark 5 tinha uma ótima atmosfera. O jogo se passava na cidade de Nova York e possuía diversos cenários, variando entre casas abandonadas, parques, bibliotecas, entre outros. O jogo, para a época, possuía gráficos bem decentes que ajudaram a criar um clima bem interessante.

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Alem dos gráficos, o jogo também possuía uma trilha sonora única. Varias delas usavam musicas no estilo do folclore búlgaro, com um coral de mulheres.

Grupo de mulheres, cantando em um estilo clássico do folclore da Bulgária:

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E agora, algumas musicas do jogo, que também tiveram um grande impacto para criar um ambiente único:

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Mecânicas

As mecânicas e inovações de Alone In The Dark 5 são fantásticas. O jogo apresentava diversas ferramentas únicas, que o tornava bem especial nesse aspecto. Para começar, o sistema de fogo e iluminação. Esse jogo teve, e ainda tem, um dos melhores sistemas de fogo da historia. Tanto em sua versão de sexta geração, como os da sétima, apresentavam um fogo bem convincente.

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Como visto no vídeo acima, o sistema era bem completo, com o fogo se espalhando pelos objetos, e dependendo do material, ele queimava de forma e velocidade diferentes. A iluminação do jogo também merece destaque, com o fogo criando luzes realistas e dando diversas oportunidades ao jogador para usa-lo ao seu favor, ao colocar fogo em objetos como cadeiras e pedaços de madeira, e assim, usar como uma tocha para ajudar na exploração e no combate contra os monstros.

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O jogo possuía tantas mecânicas únicas, que fica ate difícil de lembrar de todas elas. Uma outra coisa que chamava atenção no jogo, era a liberdade que o personagem tinha em muitas situações. Lembro que em uma parte do jogo, o personagem estava no Central Park, que na minha opinião, é o melhor Central Park já criado em um jogo. Porem, o que realmente era interessante nessa parte, era a possibilidade exploração que o jogo possuía. Alone in The Dark permitia que o jogador mudasse entre 1 e 3 pessoa a qualquer momento, assim, escolhendo qual ele prefere, dependendo da situação.

No parque, tínhamos uma grande área a se explorar, e uma das mecânicas eram os veículos do jogo. Quando você via um carro, na maioria das vezes era possível abrir a porta, entrar nele, explorar o porta luvas, procurar por itens e ate mesmo fazer uma ligação direta, e com um pequeno puzzle, você conseguia fazer o carro voltar a funcionar. Assim que ele estava sob o seu controle, você podia escolher entre a visão em 1 ou 3 pessoa e começar a dirigir ele pelo parque, e assim, fugir dos monstros, ou usar o carro contra eles. Combinado ao sistema de fogo, era possível criar armadilhas ou ate mesmo passar por locais bloqueados pelo fogo.

Outra coisa que merece destaque, é o sistema de itens / inventário do jogo. O sistema de inventário do jogo era algo em tempo real. Com um botão, o jogador o abria, e de uma forma muito interessante, o protagonista abria sua jaqueta e você via os itens que ele tinha no momento, nos bolsos dele. Não só era incrível a forma como o inventário foi feito, mas a possibilidade de criação e combinações de objetos era imensa. Os vídeos abaixo mostram em mais detalhes algumas das inúmeras combinações possíveis, alem de outros detalhes do jogo.

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Como visto no vídeo, combinar itens no jogo era algo bem único. Bastava usar a imaginação, para pensar no que você poderia criar com suas ferramentas. Combinar uma fita adesiva com explosivos para grudar nos inimigos? Colar uma fonte de iluminação no teto? Combinar uma garrafa de álcool, com pano e encontrar uma fonte de fogo para colocar ele em chamas? Usar o remédio para se curar ou o álcool dele combinado a um isqueiro para criar um mini lança chamas?

Alem de todas essas combinações, o jogo também possuía uma ótima física, que permitia situações únicas. Ao encontrar uma porta, era possível que o jogador usasse uma chave, para entrar de forma mais silenciosa, caso ele a encontrasse. Se não havia uma chave no momento, ele podia arrombar a porta com objetos pesados, como o extintor de incêndio, criando buracos realistas e quebrando a porta aos poucos. Se o jogador não tivesse nenhum objeto pesado a sua disposição, ele ainda podia usar seus itens para tentar fazer fogo e queimar a porta, caso ela fosse de madeira, e assim permitir a passagem.

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Afinal, o que poderia dar errado?

O jogo tinha tudo para dar certo. Bons gráficos, uma trilha sonora fenomenal, ideias e mecânicas incríveis, alem de varias outras coisas que chamavam a atenção como o sistema de fogo, física e iluminação. Mas então, o que estava faltando? Você viu falar de visuais, musica, mecânicas e etc... Ah sim, esquecemos de falar de um aspecto dos jogos, que acredito ser bem importante não é mesmo? A jogabilidade...

O jogo, quando lançado, foi criticado duramente por sua jogabilidade. O sistema dela era bem falho, e combinado com uma câmera que em muitos momentos estava em péssimas posições. Apesar de na lembrar da historia, acredito que esse foi um outro ponto criticado do jogo, mas sem duvida, seu maior problema foi os controles no geral, que fizeram desse Alone In The Dark, uma experiência frustrante, especialmente em momentos de fuga com o carro, e combate, que com um controle mal feito, prejudicaram e muito o jogo.

Tenho muita pena desse jogo. Muita mesmo. Se você analisar todos os pontos positivos e imaginar se esse jogo tivesse uma boa jogabilidade e câmera, sem duvida seria um dos melhores jogos do gênero. Infelizmente, todos esses problemas acabaram afetando toda a visão que o jogo tinha, deixando todas as suas novidades em segundo plano, esquecidas com o passar do tempo.

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Agora, esperamos o novo Alone In The Dark, que esta marcado para sair no final desse ano. Será que ele conseguira trazer a franquia de volta? O jogo aparenta mente terá modo Coop/online com 4 personagens, e não será mais sobre o protagonista da serie (Edward). Ha relatos de que um dos personagens terá magia no jogo... O que resta, é esperar para ver o que será de Alone In The Dark...