Jovens brasileiros veem a Internet como ponte para o empreendedorismo

#Notícia Publicado por Turokrj, em .

Pelo menos 1/3 dos jovens entrevistados pela pesquisa Juventude Conectada, da Fundação Telefônica, pensa em usar a internet para desenvolver um negócio próprio

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O jovem brasileiro conectado acredita no potencial da internet no desenvolvimento de projetos, no estímulo à inovação e no desenvolvimento da carreira profissional. É o que revela o estudo Juventude Conectada, realizado pela Fundação telefônica, em parceria com o Ibope Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e Escola do Futuro - USP, com o objetivo entender o comportamento do jovem brasileiro na era digital.

O empreendedorismo e o ativismo ganharam maiores destaques por diferentes razões. O ativismo juvenil, no contexto da mobilização pela internet, constitui fenômeno recente não apenas no Brasil, mas em todo o mundo e por isso mesmo ainda carece de estudos sociológicos e antropológicos. Já o empreendedorismo aparece como fator dominante para a realização profissional, social e afetiva da juventude dos dias de hoje.

Dos jovens pesquisados, 51% entendem que é possível ganhar dinheiro trabalhando ferramentas da internet, entretanto, apenas, 34% pensam em usar a internet para desenvolver um negócio próprio.

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Quando perguntados sobre a possibilidade de empreender nos próximos 5 ou 10 anos, 40% disseram que pretende empreender em cinco anos e 60% em dez. "A justificativa é a de que querem trabalhar um pouco primeiro, para se capitalizar e depois empreender", comenta a presidente da Fundação Telefônica Vivo, Gabriella Bighetti.

Muitos estão interessados em formas de empreender que só a Internet permite. "E eles também acreditam na internet como forma de financiar o empreendedorismo, através de iniciativas de crowdfunding", diz a diretora da entidade.

Iniciada em maio de 2013, a pesquisa entrevistou 1.440 jovens, da classe A à D, de todas as regiões do Brasil, entre 16 e 24 anos. Diversas metodologias foram utilizadas, incluindo entrevistas presenciais; seis grupos de discussão; análise em profundidade com oito especialistas e monitoramento de navegação na internet por 10 jovens, através de um software chamado e-meter. Foram selecionados quatro eixos de investigação: educação, ativismo, empreendedorismo e comportamento.

Hábitos

Os resultados apontam que 71% dos jovens utilizam o celular para acessar a internet _ 42% afirmam que o celular é o equipamento mais usado para o acesso. E acessam o tempo todo, várias vezes por dia. Principalmente, as redes sociais (58%).

Uma atividade bastante disseminada entre os jovens é criar e/ou postar conteúdos digitais como música, imagens, vídeos, fotos e filmes: 48%o fazem mais de uma vez ao dia, diariamente ou quase todos os dias e 24% o fazem pelo menos uma vez por semana.

Embora o uso de smartphones seja o terror de alguns professores em sala de aula, 53% dos entrevistados afirmam que a internet melhora o relacionamento entre alunos e professores. Mas apesar de familiarizados com a tecnologia, a maioria dos jovens declarou aprender mais em aulas presenciais do que à distancia. Pesquisar informações em geral, buscar suporte ou serviços online é o terceiro grupo de atividades realizadas na internet.

Para se comunicar com a geração Y, é mais fácil usar as redes sociais ou mensagens instantâneas (45%), pois apenas 35% ainda fazem uso do e-mail.

Para 49% dos entrevistados, a internet mudou o hábito de buscar informações. O recorte aponta, ainda, que os assuntos mais procurados são cultura e esporte.

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A juventude nordestina se destacou em vários aspectos. "O jovem nordestino é mais informado, mais preocupado com a segurança online e mais consciente no uso da tecnologia", comenta Gabriella Bighetti. "Faz um uso mais profundo dela que os demais".

Ativismo

A pesquisa aconteceu durante as manifestações que ocorreram em todo o Brasil em 2013. Os números mostram um jovem engajado virtualmente e mobilizado para ir às ruas por meio das redes sociais. Para 44%, a internet contribui com o aumento da visão crítica dos jovens e 41% somente participaram de mobilizações sociais por causa de amigos (convites via redes sociais).

O Facebook foi a principal ferramenta de mobilização utilizada pelos jovens durante as manifestações (89%), seguido do e-mail (29%) e do Twitter (27%).

O uso do Facebook como ferramenta de mobilização e de participação social adquiriu sua máxima expressão no nordeste brasileiro (96%), e ainda mais intensamente nas capitais da região, onde 100% dos jovens pesquisados que se envolveram com manifestações públicas declaram ter utilizado a ferramenta.

A segunda região neste ranking foi a Norte (95%), principalmente para os jovens moradores das capitais (98%), e a terceira foi a Sul, com envolvimento de 91% dos jovens e de 100% dos moradores das capitais.

Já o uso mobilizador do e-mail foi mais intenso na região sul (32%), com maior destaque relativo concentrado junto aos moradores das cidades do interior (42%). O Twitter, por sua vez, destacou-se para os jovens do Nordeste (38%) como ferramenta de mobilização e participação social com destaque sensivelmente acentuado junto aos habitantes das capitais (42%). Também se destacou para a região Sul (34%), mas nesse caso, o maior destaque relativo ficou com os moradores das cidades do interior (42%).

A pesquisa completa está disponível na forma de e-book, no site do Ria Festival 2014, evento que a Fundação Telefônica realiza dias 27 e 28 de agosto, em São Paulo, e que discutirá as transformações que a era digital traz para o mundo. "Esperamos que a sociedade use para pensar em políticas voltadas para esses jovens", afirma Gabriella Bighetti.

A intenção da Fundação Telefônica é repetir o estudo para o próximo Ria Festival, que será realizado em 2016. Até lá, vai usar os resultados desta ano no planejamento estratégico da entidade para 2015, enfatizando o empreendedorismo e o voluntariado.

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, Danger de Janeiro
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