Nasa vai procurar sinais de vida extraterrestre em poluição espacial

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Pesquisadores da Universidade Harvard acreditam que a poluição de outros mundos pode mostrar sinais de vida inteligente fora da Terra

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Depois de buscar sinais de vida extraterrestre por terra, água e ar, chegou a vez de cientistas tentarem encontrar rastros alienígenas através da poluição. Liderada por pesquisadores da Universidade Harvard, a equipe pretende contar com a ajuda da Nasa e o mais potente telescópio já fabricado nessa empreitada. O objetivo é descobrir se, assim como na Terra, a passagem de vida - inteligente ou não - afetou a atmosfera de planetas semelhantes ao nosso.

Uma das missões do telescópio espacial americano James Webb, sucessor do Hubble na exploração dos mistérios do Universo, será a de encontrar outros planetas capazes de abrigar a vida, tanto na Via Láctea quanto fora dela. O plano de explorar a poluição alheia na busca por sinais de uma civilização fora dos confins do nosso planeta do nosso próprio (mau) exemplo. Se os humanos poluem em seu caminho para o desenvolvimento, será que alienígenas fizeram - ou fazem - o mesmo?

Em um artigo apresentado neste mês, uma equipe de cientistas afirma que esse seria um bom indício de vida longe daqui. O jovem Henry Lin, que em 2013, aos 17 anos, venceu um prêmio internacional de ciência, destaca que a presença de gases naturais como o oxigênio, foco de algumas pesquisas até então, pode apenas apontar para a existência de formas simples de vida, como plantas e micróbios.

A presença de compostos complexos, por outro lado, indicaria que reações artificiais teriam sido produzidas na atmosfera de um planeta. O clorofluorocarboneto (CFC), antes usado em solventes orgânicos e aerossóis, por exemplo, seria um sinal cabal de que uma civilização industrializada deixou sua marca em outro mundo. O telescópio, que ainda não foi lançado, conseguirá apenas identificar esses indícios em atmosferas muito poluídas - mas ainda em níveis capazes de abrigar a vida humana, segundo os pesquisadores.

Avi Loeb, outro integrante da equipe, ressalva que essa pesquisa apontaria somente rastros de uma civilização poluente como a humana. O telescópio seria capaz de detectar, inclusive, a passagem de espécies já extintas (já que moléculas como as dos CFCs duram até 100 mil anos), mas não ajudaria na busca por vida inteligente capaz de viver em um planeta sem poluir sua atmosfera.

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