Franceses modificam impressora 3D para fazer tatuagens

#Notícia Publicado por RedDead4ever_, em .

Tratadas como a nova onda no mundo da tecnologia, as impressoras 3D, diferentemente de suas ancestrais, não imprimem letras ou figuras em papel. Com plástico no lugar de tinta, imprimem objetos tridimensionais. Elas foram a ferramenta usada por um grupo de franceses para transformar pixels, os menores componente de uma imagem digital, em imagens impressas na pele de seres humanos.

A transformação de uma impressora 3D em uma máquina automática de fazer tatuagens nasceu durante um workshop promovido em outubro de 2013 pelo Ministério da Cultura francês na Escola Nacional Francesa para Estudos Avançados em Design (ENSCI, na sigla em francês).

O objetivo era fazer montagens, colagens e instalações com imagens, vídeos e sons que haviam caído em domínio público. Por isso, o evento foi chamado de Public Domain Remix. Para concluir a tarefa, os estudantes teriam oito horas.

"A ideia me veio quando eu ia de bicicleta para a escola", afirmou Pierre Emm, um dos idealizadores da impressora 3D que tatua, ao G1, em entrevista por e-mail. Ao lado de Piotr Widelka, que estuda desing, o estudante é o responsável pelo trabalho, que recebeu a orientação do professor de design e produção com o auxílio de computador, Johan da Silveira.

"Foi primeiro uma reflexão de que nós tínhamos à disposição imagens em domínio público, mas apenas como pixels. Parecia muito importante levá-las ao ser humano", disse Emm, acrescentando que o objetivo era "dar-lhes mais tempo".

Apesar de soar a ficção científica, um representante da empresa de soluções para criações digitais Le FabShop afirmou aos rapazes que o projeto poderia sair do papel. Durante aquela tarde, eles alteraram a impressora 3D para que fosse capaz pudesse riscar a pele humana.

O trio resolveu levar o projeto para além do workshop. No começo de abril, publicaram vídeos na internet de como foi o processo de criação (Veja um deles abaixo). A princípio, começaram a testar a máquina em uma pele artificial feita de silicone. A tatuagem era um simples círculo.

Com o êxito, resolveram levar a experiência para uma pele real. Os rapazes dizem que não tiveram problema para encontrar um voluntário a se tornar "o primeiro humano tatuado por um robô". "Muitas pessoas queriam participar", disse Emm. Segundo eles, o desafio era testar a eficiência da impressora 3D tatuadora em uma superfície curva, maleável e flexível.

Como a impressora 3D possui um software para armazenar desenhos a serem impressos, é possível importar novas figuras para que a máquina as imprima na pele. Eles sentiram na pele como foi ajustar manualmente a impressora para o desenho sair perfeito.

Segundo Emm, agora eles testam "design, formas, padrões, letras, camadas". "Nós continuamos a tentar diferentes design, diferentes estilos. Em breve faremos mais vídeos com alguns desses novos exemplos", disse.

Os rapazes não perdem de vista de que criaram uma máquina destinada a executar o serviço artístico de seres humano. Por outro lado, querem descobrir como isso pode interferir no resultado final. "Nós também estamos interessados na estética que essa máquina causa, a ideia não é copiar o que faz um ser humano", afirmou.

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