"Amnesia: Fear in Hands" é a continuação não-oficial do universo Amnesia

Sendo desenvolvida desde o fim de 2012 por uma equipe brasileira chamada Blaster Lizard GT, Amnesia: Fear in Hands é o que seria o fan-made terceiro título da série Amnesia, primeiramente desenvolvida pela Frictional Games (Amnesia: The Dark Descent, 2010) e logo após pela The Chinese Room (Amnesia: A Machine for Pigs, 2013). O jogo estaria rodando na engine HPL 2.0, a mesma engine dos títulos anteriores, porém agora sob o domínio das mãos de talentosos game designers brasileiros.

O jogo ainda não tem uma data de lançamento oficial, mas no site do jogo consta que o jogo será uma Custom Story (história personalizada dos fãs) com um executável próprio/standalone. Isso significa que o jogo será uma obra independente, completamente gratuita, porém que necessita obrigatoriamente dos outros jogos para funcionar. O jogo será publicado pela Desura, Link e All Games Brasil. Ao que tudo indica, o jogo pode lançar ainda este ano.

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ENREDO

Amnesia: Fear in Hands dá um salto de mais de 80 anos do seu antecessor, A Machine for Pigs, contando a história de três personagens desta vez, que se interligam em uma história única, com perspectivas totalmente diferentes. Eles são Daryon Wolfinger, Sofia Wolfinger e o antagonista do game, conhecido pelo codinome "O Torturador". Daryon é um detetive falido que está enlouquecido pela perda da sua ex-esposa, desaparecida misteriosamente após uma briga horrível do casal. Cético, Daryon se torna frustrado e tenta fugir do seu desespero com a bebida, frequentando bares quase que todos os dias, enquanto sua filha, Sofia, permanece isolada em casa, guardando rancor e ódio de seu pai.

Após mais uma noite de bebedeiras, Daryon volta para casa tarde da madrugada, quando alguém parece adentrar o quarto de Sofia pela janela… Estão arrombando. Daryon não tem tempo de salvá-la, mas sim de perseguir o impostor. Pelos efeitos da bebida, Daryon sofre um acidente terrível e despenca de uma ribanceira. Ao acordar, está a beira da morte e sem nenhuma memória. A única coisa que ele possuí é um caderno com anotações sobre a investigação da esposa e sua própria fé. Basta ele agora descobrir o porque de estar ali e não deixar acontecer com sua filha, a mesma tragédia que aconteceu com sua mãe.

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GRÁFICOS E GAMEPLAY

Os gráficos não mudaram muito em relação aos jogos anteriores. Fear in Hands usa a tecnologia OpenGL da HPL 2.0 para criar uma física dinâmica e ainda mais interativa que os jogos anteriores. "Queremos pegar toda a interatividade do The Dark Descent e mesclar ela com as mecânicas do Machine" explica um dos desenvolvedores, quando lhe foi perguntado como funcionaria a nova física no jogo. Novos modelos também foram adicionados, implementando ainda mais a riqueza dos cenários, que é reconhecida pela enorme atenção aos detalhes.

Algumas mecânicas novas que estão sendo desenvolvidas foram o fato da lanterna poder quebrar durante o progresso pelo jogo. De acordo com Harry Mellor, um dos supervisores do game e também o responsável pela dublagem do Daryon na língua inglesa conta que o jogador poderá resmungar e até interagir com o cenário e os monstros quando coisas do tipo acontecerem. Novos objetos do inventário também foram adicionados como a seringa de morfina, que possibilitará o jogador de permanecer de pé em momentos de tensão. O láudano, o óleo de lampião e as poções de sanidade voltarão, mas em quantidades extremamente reduzidas.

A insanidade também voltará ao jogo e de acordo com o que a equipe tem em mente, eles pretendem tornar este feature algo muito mais letal e perigoso do que nos jogos anteriores. "Se deparar com um monstro não vai ser somente uma experiencia do personagem, mas sim uma experiência do jogador pessoalmente. Quero que cada encontro seja sempre diferente e insano, toda vez que você for jogar.".

O jogo também conta com uma novidade interessante: o mundo livre. Amnesia: Fear in Hands terá regiões onde o jogo não seguirá uma linha linear e o jogador poderá explorar outras regiões da cidade onde o jogo se passa. É uma extensa área urbana em meio a uma cidade local, de aspectos rurais, no subúrbio da Inglaterra. O jogo promete ter cerca de 2 a 3 horas de campanha principal na primeira jogatina e mais umas boas horas de extras, como missões secundárias que ajudam a explicar a história para o jogador e a entender o que está acontecendo no local. O jogador não terá absorvido basicamente nada da experiência total do jogo somente com a campanha principal.

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ÁUDIO

Amnesia: Fear in Hands conta com uma equipe de áudio relativamente grande, com mais de 20 músicas de trilha sonora e sons ambientes complementares que ajudam a melhorar ainda mais o repertório de sons que torna o Amnesia um jogo tão assustador. O jogo virá com suporte para áudio e legenda em Português Brasileiro, Inglês e Russo. Espanhol também fará parte desta lista, porém via um update pós-lançamento do jogo.

A trilha sonora do game está sendo composta por diversas pessoas, sendo que muitas delas são YouTubers que concederam as músicas pela equipe em troca de credibilidade e reconhecimento. Outras músicas foram feitas pelo compositor brasileiro Gabriel Souza, exclusivamente para o game e a outra parte foi inteiramente feita pelo Kevim MacLeod, que é um dos integrantes do site Incompetech.com, um site de músicas royality-free (uso livre).

A falta de música também durante a aparição dos monstros é o que vai ocasionar o terror no game. "Música é algo para ser apreciado com calma e não queremos o jogador calmo enquanto estiver jogando", então podem esperar por momentos de tensão, minuciosamente planejados para pegar o player despercebido.

VEREDITO

O jogo poderá ser lançado ou não este ano ainda, mas de algo é certo: a Blaster Lizard está dando o máximo de si para planejar algo grande e acessível para todos os brasileiros e gringos por ai. Com sorte, bastante investimento e bastante suporte, é possível que tudo consiga acabar cedo e com sucesso, levando o jogo a ser lançado mais cedo do que esperamos. Agora falta esperar por um pronunciamento oficial por parte do pessoal e ver no que dá.

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