Preview - Donkey Kong Country Tropical Freeze

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Quando Donkey Kong Country Tropical Freeze foi anunciado como sendo o "grande projeto da Retro Studios que estava sendo mantido em sigilo", muitas pessoas ficaram ligeiramente decepcionadas, uma vez que eles estavam esperando que a Retro pudesse estar trabalhando em uma nova IP, na reimaginação de outra série (que virou marca registrada da empresa) ou até voltado para a série Metroid (maior sonho dos fãs). Mas não, ela estava trabalhando na continuação de Donkey Kong Country Returns, e isso não era o suficiente para muita gente.

Tropical Freeze retoma as aventuras do macacão, no mesmo estilo de Returns, gráficos com profundidade 3D e jogabilidade 2D. É uma continuação, com gráficos e cenários mais bem trabalhados e em alta definição. Por mais que seja bem parecido em estilo com o jogo anterior, não é exatamente errado que a Retro tenha se empenhado em dar continuidade a um episódio que reinventou uma das séries mais clássicas e famosas do Super Nintendo, e que ficou muito bonita e deu muito certo no Wii.

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Muita gente queria/esperava que a Retro re-reimaginasse a série para poder criar um jogo novo, mas isso tiraria completamente a assinatura que o Returns ganhou, perdendo um pouco de sua identidade. Seguir o mesmo estilo, mudando algumas coisas pontualmente, é normal em continuações diretas. A própria Retro já fez isso com Metroid Prime e Metroid Prime 2 Echoes. Dois jogos muito parecidos em estilo, mas com identidades totalmente distintas devido ao seu conteúdo. E quem pode dizer que Tropical Freeze não é um jogo totalmente diferente de Returns e segue apenas o estilo gráfico? Muita gente diz, mas por enquanto ninguém sabe de fato, teremos que esperar até o lançamento.

No jogo, a ilha onde nossos macacos favoritos moram é atacada por Vikings que congelam todo o local, no intuito de transformá-la em seu lar. Cabe a nossos heróis derrotar estes inimigos, e transformar a ilha de volta no local tropical que ela costumava ser. Agora, além de Diddy Kong, o protagonista também terá a companhia de Dixie Kong e Cranky Kong. E com o vovô envolvido mais ativamente na aventura, cabe a Funky Kong cuidar da loja, que servirá de porto seguro para nossos heróis poderem comprar vida, energia, e outros itens que devem ajudar na aventura.

Apesar da temática principal ser gelo, o jogo não será monotemático. Os mundos ainda estarão bem definidos, com gelo, água, fogo, floresta, etc. Toda a diversidade encontrada em Returns retorna com novos mundos e muitos outros lugares a serem explorados.

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O jogo terá um mundo só de água, o Mundo 4, que trará de volta as águas sub-aquáticas da série original, que acabaram ficando de fora de Returns. Segundos os produtores do jogo, ele ainda contará com três fases secretas em cada mundo, aumentando a aventura e desafiando os jogadores a desbloqueá-las.

Na loja de Funky Kong, os aventureiros poderão encontrar itens novos, que não estavam em Returns, mas que foram inseridos na versão 3D do jogo, lançada para o Nintendo 3DS. Dentre os itens estão o Green Balloon, que permite que você seja salvo caso caia acidentalmente em algum buraco, e o Crash Guard, que permite que você não morra instantaneamente quando bater em algum obstáculo com o mine cart. Você tomará dano, gastando seu crash guard e continuando sua aventura (pronto para morrer no obstáculo seguinte). Estes itens devem ser comprados na loja e equipados antes de entrar na fase para que surjam efeito. Também estarão disponíveis barris dos personagens coadjuvantes, que podem ser equipados e acionados a qualquer momento na fase, caso você perca seu amigo durante o percurso.

No 3DS isso só acontece se o jogador escolher o Easy Mode, provavelmente em Tropical Freeze será o mesmo esquema. No Classic Mode não existem essas regalias e o jogo acontece com as mesmas regras de Returns.

Dentre as "facilidades" do jogo, a novidade está no golpe Kong POW, que quando ativado, transforma todos os inimigos do cenário em itens, como moedas, balões e bananas, dependendo de quem é o companheiro Kong que está com você.

O jogo contará com um sistema de Leaderboards online, que permitirá ao jogador exibir para seus amigos e outros jogadores através do mundo seus melhores tempos. O painel mostrará o Nintendo Netword ID do jogador, qual companheiro Kong ele utilizou, a pontuação e um ícone de coração indicando que você passou por determinada fase sem tomar dano.

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Além disso, você poderá fazer upload de vídeos com seus melhores tempos, para comparar com outros jogadores através do mundo. Não existirão partidas online, o multiplayer permanece local assim como era em Returns, mas são adições online bem vindas e que dão um ar de novidade ao jogo.

Apesar dessa continuação manter o estilo de seu antecessor, novos ângulos de câmera foram inseridos, principalmente quando o jogador está no comando de um mine cart, ou sendo arremessado de dentro de um barril, permitindo que os cenários 3D possam ser mais bem explorados, evidenciando ainda mais a beleza gráfica do jogo.

Além disso, os cenários de fundo estão mais bem trabalhados, mais detalhados e mais interativos, dando indicações do que poderá acontecer naquela fase, ou simplesmente deixando o mundo do jogo ainda mais vivo.

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O jogo terá 720p nativos, com upscale para 1080p, e rodará a 60fps. Apesar do 60fps ter se transformado em uma modinha, em Donkey Kong Country ele é mais uma necessidade, pois o jogo é muito dinâmico e a taxa de quadros a 60 por segundo permite que todos os detalhes tenham maior evidência e mais naturalidade de movimento, tornando a interação do personagem com o cenário ainda mais real e deixando a movimentação do jogo mais orgânica.

O ponto mais polêmico do jogo está, sem dúvida, no GamePad. O jogo, quando jogado com o GamePad, apagará a tela do controle, e não utilizará a mesma para nada, nem para acessar menus, mapas, nada. Toda a ação acontecerá única e exclusivamente na TV. Isso foi uma decisão inteligente da Retro Studios, que preferiu, ao invés de fazer uma utilização forçada do GamePad (como duplicar toda a imagem da TV na telinha do controle), simplesmente não utilizar.

Quando no off-TV play, toda ação acontecerá no GamePad, e a TV permanecerá desligada, sem exibir qualquer tipo de imagem.

Isso deixou os fãs divididos.

De um lado, os que acham que isso é errado, e por ser um jogo exclusivo do Wii U, a utilização do GamePad deveria ser obrigatória, pois poderá desestimular as pessoas a utilizarem o mesmo, tirando assim toda a identidade do console, principalmente em um momento que ele precisa vender e mostrar quais são suas reais funcionalidades e porque ele se destaca dos outros consoles.

Do outro lado estão os que acham que a Retro tomou uma decisão acertada. Que, sem ter algo inovador e extremamente inteligente para adicionar às funcionalidades do GamePad, resolveu apenas não utilizá-lo, sem medo de rejeição, sabendo que os fãs acreditarão que foi uma atitude inteligente, que economizará bateria do controle, aumentando ainda mais o gameplay.

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Não importa de que lado você está, a decisão já foi tomada, e quem quiser continuar acompanhando as aventuras de Donkey Kong terá que se adaptar ao estilo escolhido pela empresa. Como o GamePad não será utilizado em suas funcionalidades únicas, muito provavelmente o jogo terá total suporte ao Wii U Pro Controler e ao Wiimote + nunchuck (até porque será a única opção do player 2 no multiplayer), e quem não se sentir à vontade em jogar com o GamePad desligado, poderá optar por outras configurações de controle.

O jogo nem foi lançado ainda, mas quem já pode usufruir da aventura, em eventos que possuíam com versões de demonstração, encontrou um Easter Egg muito criativo no jogo. Durante uma das fases, o que aparenta ser a nave de Samus pode ser avistada em uma das árvores, coberta de lodo, como se ela tivesse caído naquele local e a natureza se encarregou de tomar posse da nave. Um easter Egg de Metroid é algo super normal em Tropical Freeze, uma vez que foi a série Metroid (Prime) que colocou a Retro sob os holofotes, e a transformou em uma das empresas mais hypadas do mundo dos games.

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Não é novidade ver Easter Eggs na série Donkey Kong Country. Em Returns, por exemplo, existe uma formação de corais que aparece no menu de configurações, que tem o formato do logo da Rare, a criadora da série Country original no Super Nintendo. Dizem que isso foi uma homenagem da Retro para a Rare, outros dizem que não, é apenas coincidência. Mas eu não costumo acreditar nessas "coincidências" no mundo dos games, ainda mais em produtos desenvolvidos dentro dos domínios da Nintendo, que é especialista em criar este tipo de referência em seus jogos.

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O Easter Egg de Metroid pode ser também apenas uma formação de galhos que lembra a nave de Samus, e na verdade não foi intencional. Cabe a cada um decidir se é apenas uma "coincidência", ou se são referências muito bem planejadas e estrategicamente posicionadas.

Donkey Kong Country Tropical Freeze é um jogo totalmente novo que, apesar de seguir o estilo de seu antecessor, deverá apresentar uma aventura que definirá uma identidade própria para esta continuação, e é uma adição muito bem vinda para a biblioteca do Wii U, como o primeiro lançamento de peso do ano. Um jogo que demorou três anos para ser concluído, pela Retro Studios, deve ter ficado no mínimo interessante. Eu diria, no mínimo, incrível, mas isso nós saberemos de fato quando o jogo for lançado, no dia 21 de fevereiro, exclusivamente para Wii U.