Governo americano aumenta transparência na espionagem de usuarios
O governo dos Estados Unidos anunciou um acordo que aumenta significativamente a transparência com que as empresas de tecnologia possam operar, permitindo-lhes divulgar informações sobre as requisições dos departamentos governamentais de dados de usuários.
Esta semana, a Apple se tornou a mais recente empresa a admitir que trabalha com demandas sigilosas que impedem-na de divulgar os pedidos do governo e agências de segurança - incluindo o National Security Agency (NSA). Segundo representantes das empresas: "Queremos garantir que nossos usuários possam armazenar tudo, desde suas fotos, senhas, dados pessoais em servidores hospedados nos Estados Unidos com segurança e sigilo; precisamos, assim, construir uma relação de confiança mutua".
Agora, o governo dos EUA confirmou que chegou a um acordo com as principais empresas de tecnologia americanas para aumentar a transparência das operações. Como noticiou o The Wall Street Journal (http://online.wsj.com/news/article_email/SB10001424052702303277704579347130452335684-lMyQjAxMTA0MDIwNzEyNDcyWj), o acordo permitirá que as empresas de tecnologia divulguem informações agregadas relativas ao acesso por exigências do governo referente ao dados de tráfego de internet, incluindo o número de ordens judiciais que recebem de organizações secreta de segurança, como o Foreign Intelligence Surveillance Court (http://en.wikipedia.org/wiki/United_States_Foreign_Intelligence_Surveillance_Court). Estes dados, no entanto, serão limitados, mas possuirão uma ampla categorização para identificar as principais exigências e relevâncias das agencias que os solicitam.
O movimento vem na sequência depois de ações do Facebook, Google, LinkedIn e Yahoo solicitando o direito ao aumento de divulgações sobre acesso a dados sigilosos pelo governo. "Entramos com nossas ações, porque acreditamos que o público tem o direito de saber sobre o volume e o tipo de solicitações que recebemos em nome da segurança nacional. Estamos satisfeitos, pois o Departamento de Justiça concordou que, a partir de agora, podemos divulgar essas informações", informaram as empresas sobre a decisão em um comunicado conjunto a imprensa. "Embora seja um passo positivo, ainda temos outras propostas, vamos continuar pressionando o Congresso Americano para tomar medidas adicionais para lidar com todas as reformas que acreditamos serem necessárias para construirmos uma relação de transparência e confiança com nossos usuários."
O acordo foi ratificado logo apos a noticia publicada pela NBC News (http://investigations.nbcnews.com/_news/2014/01/27/22469304-snowden-docs-reveal-british-spies-snooped-on-youtube-and-facebook) relatando documentos inéditos divulgados pelo denunciante Edward Snowden alegando que UK Goverment Communications Headquarters (GCHQ) rotineiramente monitora o tráfego de dados pela internet para reunir informações aparentemente inocentes como a opção "curtir" do Facebook e favoritos do YouTube para criar perfis psicológicos de seus alvos.
