A mais recente descoberta de água em um objeto do Sistema Solar pode alterar modelos aceitos até hoje

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Astrônomos descobriram evidências de água no planeta anão Ceres, na forma de plumas de vapor, possivelmente a partir de erupções de gêiseres de gelo em sua superfície.

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Ilustração artística mostra o planeta anão Ceres após a detecção

de água em sua superfície. Créditos: ESA / ATG / Medialab

A partir do Observatório Espacial Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA), os cientistas detectaram vapor de água escapando de duas regiões em Ceres, um planeta anão que antes, quando era classificado como asteróide, era o maior do Sistema Solar.

"Esta é a primeira evidência de água sobre Ceres, e no cinturão de asteróides em geral", disse Michael Küppers da Agência Espacial Europeia, Villanueva de la Cañada, na Espanha, líder do estudo que foi detalhado no dia 22 de janeiro na revista Nature.

Ceres, um planeta anão (ou asteróide gigante), é o maior objeto no cinturão de asteróides, orbitando a uma distância de 2,8 unidades astronômicas (UA = a distância média entre a Terra e o Sol). Acreditava-se em uma "linha de gelo", que dividia os objetos do Sistema Solar em objetos secos (dentro do cinturão de asteróides) e objetos gelados (como os cometas), porém, a descoberta de água em Ceres sugere que alguma mistura tenha ocorrido.

Os cientistas suspeitam que exista uma quantidade substancial de água no planeta anão Ceres. Um estudo descobriu indícios de água em Ceres na forma de hidróxido no ano de 1991, porém, os indícios não foram confirmados posteriormente. Agora, Küppers e seus colegas confirmaram a descoberta.

Os pesquisadores usaram espectrometria do Observatório Espacial Herschel para detectar esses sinais de água. Nuvens de vapor de água em torno de Ceres absorveram o calor que irradia do planeta anão, que o instrumento de Herschel conseguiu detectar. A equipe descobriu que Ceres produz cerca 6 kg de vapor de água a cada segundo a partir de sua superfície.

Uma possível fonte de água são os gêiseres. "É como o vulcanismo em que o material quente do interior é 'cuspido' para a superfície", disse Küppers. "Porém, esses 'vulcões gelados' ejetam vapor de água em vez de rocha derretida".

Outra possibilidade é a sublimação do gelo da superfície de Ceres, processo semelhante ao que ocorre nos cometas.

"Eu, pessoalmente, considero a sublimação do tipo dos cometas a fonte mais provável, porque acho que é difícil manter o calor interno levando em conta a idade do Sistema Solar", disse Küppers, que acrescentou que serão necessários mais estudos.

"A grande diferença de Vesta e Ceres com relação aos outros asteróides formam uma das questões mais intrigantes sobre a origem e evolução desses objetos", comentam os astrofísicos Humberto Campins e Christine Comfort ,da Universidade Central da Florida, em Orlando.

A detecção de água em Ceres suporta modelos que dizem que os planetas gigantes do Sistema Solar, como Júpiter, migraram para as suas posições atuais, misturando materiais das regiões externas e internas do Sistema Solar.

As novas descobertas também sugerem que os asteróides podem ser os responsáveis por parte da água dos oceanos da Terra.

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