Brasil poderá ter uma agência para cuidar da segurança cibernética

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O chefe do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), general José Carlos dos Santos, afirmou que o Ministério da Defesa (MD) apresentará, em dois meses, um projeto para a criação de uma agência nacional de defesa cibernética. Segundo ele, a iniciativa é necessária para dar ao Brasil uma estrutura capaz de atender às demandas nacionais de defesa na rede.

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"O modelo de proteção cibernética é totalmente transversal. Ele exige uma estrutura que faça um trabalho de coordenação nacional. Hoje não conseguimos atender as demandas que ultrapassam as barreiras do Exército", explicou o general em audiência pública, nesta quarta-feira (2), na Câmara dos Deputados.

As dificuldades enfrentadas pelo CDCiber começam pelos equipamentos estratégicos.

Segundo o general José Carlos dos Santos, o Brasil importa a maior parte das tecnologias, o que pode representar riscos. "Não temos a garantia e conhecimento se dentro destes dispositivos importados há tecnologias infiltradas que permitam a coleta de dados por outros países ou organizações."

Para que o País possa desenvolver as próprias tecnologias o general destacou que é necessário investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O general aposta em uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para alavancar recursos e combater o problema.

O CDCiber foi criado em 2010 com recursos da ordem de R$ 400 milhões para serem executados em quatro anos. Segundo o chefe da instituição, a quantia não é suficiente nem para atender às necessidades do Comando do Exército.

"Quando partimos para demandas mais amplas, da própria administração pública federal ou até de empresas que operam sistemas críticos brasileiros, nossos recursos são insuficientes. Só para o Exército precisamos de mais R$ 400 milhões", afirmou o general José Carlos dos Santos. "Não podemos, com o nosso próprio orçamento, comprar laboratórios ou equipamentos para os órgãos de defesa cibernética das demais forças. Precisamos de um projeto para efetiva integração."

Ações implementadas

Apesar das dificuldades orçamentárias, o chefe do CDCiber destacou diversas ações implementadas para segurança das redes militares. A instituição realizou um trabalho de inteligência que analisou as vulnerabilidades de redes e permitiu a construção de diretrizes que as tornaram resistentes aos diversos tipos de ataques.

Para essas ações o general José Carlos dos Santos destacou a importância do trabalho de inteligência. "Não temos tempo para reagir a um ataque. Temos que nos preparar, com meses de antecedência, para dotarmos nossas redes com dispositivos de proteção. É necessário conhecer os tipos de ataques e as articulações de hackers e de organizações que visam derrubar redes", explicou.

Uma das medidas implantadas para dar suporte a segurança das redes foi a instalação de ferramentas de última geração como firewalls. Além desta proteção, o centro também implementou em suas redes um antivírus desenvolvido em território nacional, por uma empresa brasileira.

Em 2014, reassaltou o general, o projeto deverá ganhar mais robustez com a inauguração de um laboratório para pesquisa no setor de inteligência artificial. A estrutura ficará alocada no Instituto Militar de Engenharia (IME) e será responsável pela análise de malware, computação de alto desempenho e infectologia.

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