Aireal: Disney quer reinventar o Kinect e dispositivos de gestos

Disney desenvolve nova tecnologia para interfaces hápticas permitindo que comandos gestuais tenham feedback tátil.

Controlar aparelhos com interface gestual está cada vez mais comum e deverá se tornar ainda mais, já que podemos dizer que essa é uma tendência tanto de console de videogames, quanto de dispositivos móveis e aparelhos de televisão.

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Mas uma caraterística desse tipo de interação é a falta de uma resposta tátil às ações do usuário, o que poderia ser considerado um Calcanhar de Aquiles dessa tecnologia quanto olhamos do ponto de vista da imersão na experiência.

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Uma resposta a essa questão vem do sistema háptico desenvolvido pela Disney chamado Aerial, que combina módulos com bicos capazes de direcionar vórtices de ar em uma faixa correspondente a 75 graus de abertura. Com um aparelho detectando movimentos e indicando a posição do usuário esse sistema pode "atirar" esse anéis de pressão com muita precisão até o ponto onde o usuário deverá sentir a ação (como quando rebate um bola de vôlei ou leva um tiro, por exemplo).

O sistema consiste em uma pequena câmera de profundidade 3D que monitora quando um usuário está se movendo na direção de um objeto na tela, enquanto dois motores miram um bico para o local correspondente. Os pulsos de ar são produzidos por cinco alto-falantes, cada uma medindo apenas duas polegadas (cerca de 5 cm) e voltados para o interior a cara, formando um cubo aberto. Quando os alto-falantes são ativados, a resultante da força empurrar o ar através de um bocal flexível (com ranhuras no interior, como em um cano de revólver), formando um vórtice.

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Ao usar vórtices de ar, em vez de simples jatos gasosos, o dispositivo pode impingir a sensação em distâncias maiores e com muita precisão. Cada módulo tem um alcance efetivo de um metro e meio. Para outras distâncias, a precisão cai abaixo de 80%, embora a pressão ainda possa ser sentida em até o dobro dessa distância. Os vórtices também permitem que o Aireal altere a intensidade, a direção e a frequência dos pulsos de ar rapidamente para criar uma ampla variedade de efeitos.

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Apesar de inventivo, o módulo foi projetado para ser de baixo custo. Além dos componentes eletrônicos, cada um deles é construído com peças impressas por por impressoras 3D, o que parece ser uma estratégia de baratear os produtos Disney já mostrada aqui em outro post, por isso podem ser relativamente baratos de produzir. O projeto dos módulos Aireal também permite que eles sejam escaláveis ​​para diferentes dispositivos, podendo ser reduzidos para uso em dispositivos móveis como smartphones e tablets, ou até mesmo dimensionados para projetar um anel de ar através de um teatro.

O uso mais óbvio da tecnologia desenvolvida pela Disney Research, divisão de Pittsburg, é em games controlados por gestos. Porém estamos falando da Disney, e as ideia de uso esperado por seu "imaginheiros" vai bem além da interação com jogos, e deve acabar em atrações em seus parques temáticos. Combinando os módulos com um projetor também pode-se produzir objetos virtuais em realidade aumentada, como uma borboleta, que parecem afetar os objetos da vida real na sala, como uma flor, por exemplo, com seu movimento. Com vários bocais de ar sincronizados entre si, o sistema Aireal pode fornecer feedback tátil de todas as direções para uma experiência ainda mais imersiva. Ele ainda imita a sensação de maiores objetos do ambiente, como um bando de pássaros ou um fluxo de água. No futuro, a equipe espera controlar quando cada pulso de ar dissipa mais precisamente, o que poderia levar à criação de formas 3D invisíveis no ar.

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Os desenvolvedores do Aireal estão demonstrando seu sistema háptico na conferência anual SIGGRAPH em Anaheim, Califórnia.