Jornais brasileiros viram as costas ao Google News

#Notícia Publicado por elizeuunderon, em .

Os jornais brasileiros decidiram virar as costas ao motor de pesquisa Google na guerra de cobrança de conteúdos. Os 154 membros da Associação Nacional de Jornais (ANJ) do Brasil, que representa 90% da circulação de jornais do país, decidiram sair do agregador Google News e proibiram o motor de pesquisa e republicar os seus textos.

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Questionado pelo Instituto Knight Center para o Jornalismo das Américas, da Universidade do Texas, o presidente da ANJ, Carlos Fernando Lindenberg Neto, explicou que esta decisão está relacionada com a recusa do Google News de pagar a replicação de títulos e textos daqueles jornais.

Segundo a mesma fonte, a discussão sobre as vantagens e desvantagens da presença num serviço de agregação de notícias como o Google News foi uma das mais acesas da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Ibero-Americana de Impresa que decorreu durante a última semana em S. Paulo, Brasil.

Uma das questões debatidas passou por saber se o agregador da Google aumentou de forma significativa o tráfego dos jornais cujos conteúdos eram replicados e se esse fluxo era suficiente valioso para servir como moeda de troca pelos conteúdos que ali eram mostrados.

Numa resposta por email ao Knight Center, Lindenberg Neto afirmou que "o Google News está a beneficiar comercialmente com esse conteúdo qualificado e não abre espaço para discutir um modelo de remuneração pela produção desse material". "Concluímos (...) que a permanência dos jornais no Google não estava contribuindo para o crescimento de nossa audiência no meio digital. Ao contrário, ao fornecer algumas linhas iniciais de nossas histórias ao internauta, o serviço reduz a possibilidade de que este busque a história completa em nossos sites", acrescentou Lindenberg.

De um lado, a defender a posição da ANJ, esteve Judith Brito, da Folha de S. Paulo, de outro, a defender os interesses da Google, estava Marcel Leonardi, director de políticas públicas da empresa no Brasil.

Para aquele responsável pelo agregador de notícias, o Google é a fonte de muitas páginas descarregadas dos próprios sites e, por isso, não deve pagar qualquer valor pela replicação de textos.

No entanto, a ANJ tem uma visão diferente, argumentando que o volume de tráfego originado pelo Google News era muito reduzido e recomendando aos seus associados que denunciassem um acordo de 2010 ("Projecto Uma Linha"), segundo o qual o agregador mostraria apenas uma linha dos conteúdos, na tentativa de despertar mais interesse aos leitores levando-os à fonte original.

Segundo o site de notícias de tecnologia brasileiro IDG Now!, Leonardi caricaturou a posição da ANJ afirmando que pagar pelas manchetes seria como um restaurante cobrar uma taxa ao taxista que levou um cliente a determinado local. O responsável da Google anunciou que todos os meses o serviço Google News gera mil milhões de páginas descarregadas para sites de notícias de todo o mundo.

Ainda de acordo com o IDG Now!, o responsável do Google no Brasil afirmou que se os leitores não clicavam mais nos títulos porque os assuntos noticiados "não despertavam interesse". O modelo ideal, para o Google, assenta numa solução em que "ambas as partes saiam beneficiadas". O problema é que, para o presidente da ANJ, uma das partes interessadas, o Google, tem o poder todo do seu lado. Lindenberg pede um modelo "em que as partes se sentassem à mesa reconhecendo a importância de cada um na cadeia de valor".

Com esta decisão, a ANJ é a primeira grande associação de jornais a aconselhar os seus membros a abandonarem o Google News.

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