Portugal tem a pior Televisão digital gratuita da Europa

#Notícia Publicado por luis09andrade, em .

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O sinal analógico português foi desligado na sua totalidade a 26 de abril de 2012, em Portugal, mas as notícias não são boas. O serviço de televisão digital terrestre, além de ter custos adicionais de equipamentos nos casos em que as pessoas não têm televisão com tecnologia DVB-T e norma MPEG4/H.264, não traduz um maior aproveitamento do espaço radioelétrico (com a passagem para o digital, tornou-se possível transmitir até seis canais digitais no mesmo espaço de frequências radioelétricas que antes era usado por um só canal analógico).

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Os mesmos 4 canais de sempre

Em dezembro de 2011, a RTP transmitiu o vídeo que mostramos seguidamente, que ilustra claramente o nosso ponto de vista e a reivindicação por mais canais no serviço de televisão digital português..

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Somando os canais abertos e TDT paga (que não existe para já em Portugal), Portugal e a Irlanda têm a oferta mais pobre. Segue-se a Bélgica, a Áustria, a Eslovénia e a Eslováquia. Os países que mais oferta têm são a Itália (90 canais), a Grã-Bretanha (72), Malta e Lituânia, segundo dados do Observatório Europeu do Audiovisual.

Emissão em 4:3

Texto adaptado do blogue http://tdt-portugal.blogspot.pt/2012/03/tdt-televisao-canais-169-hd.html

Em 1994, Portugal até foi um dos países europeus pioneiros das emissões de televisão em formato panorâmico 16:9, utilizando o padrão PALplus (PAL+). A TVI (canal privado portugues) terá emitido alguma programação, mas abandonou o padrão passado pouco tempo. A partir de 1997, graças a financiamento da União Europeia, a RTP passou também a emitir alguma programação em PAL+, o que ainda acontece esporadicamente. No entanto, o PAL+ é uma extensão do sistema analógico PAL e não é possível desfrutar dos benefícios das emissões PAL+ na TDT. Já praticamente todas as principais estações de televisão europeias migraram para o 16:9 e é, portanto, incompreensível que, em 2012, as televisões portuguesas continuem a emitir no velho formato 4:3 quando praticamente toda a programação está disponível no formato 16:9. A emissão em HD, naturalmente, utiliza o formato 16:9, mas parece pouco provável que venha a ser adotada para a TDT, apesar de já ter sido equacionada a possibilidade. Por dois motivos: falta de espetro (no Mux A) e os altos custos associados.

Com a migração para a TDT muitas famílias substituíram os seus televisores por aparelhos novos com ecrã 16:9 e, naturalmente, é um desperdício de área de ecrã e uma desilusão assistir a emissões no antigo formato 4:3 num televisor com ecrã 16:9. Se a emissão utiliza o formato 4:3 (nativo ou adaptado), para respeitar o formato da imagem, há que aceitar as barras laterais negras ou, em alternativa, selecionar no televisor (ou no recetor TDT) um modo de adaptação, o que implica o corte de parte superior e inferior da imagem ou a distorção da mesma. Normalmente os aparelhos vêm programados para esticar automaticamentea a imagem na horizontal, o que leva alguns a comentar que os televisores modernos engordam as pessoas.

Mas não se trata apenas de um incómodo visual. Os principais fabricantes de televisores alertam para o facto do visionamento de emissões 4:3 (com as barras negras laterais) em ecrãs 16:9, de forma prolongada, provoca danos nos painéis.

Um canal HD em branco (preto)

Na quinta posição da grelha da TDT está um canal em alta definição, que teve apenas uma emissão polémica:

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Além desta emissão, que decorreu no dia 29 de abril de 2011, nunca mais este canal emitiu coisíssima alguma.

O canal foi criado para ser partilhado pelos 3 canais públicos de televisão, mas nenhum se mostrou interessado em o utilizar. É também certo que as emissões já não irão ser retomadas, pois o seu funcionamento está previsto durar apenas durante a fase de transição (simulcast) da TDT.

Sem rádio digital

Além de nada mais ser oferecido além dos mesmíssimos quatro canais transmitidos pelo sistema analógico, não existe, sequer, oferta de rádio digital. Em abril do ano passado, a RTP anunciou que iria encerrar a rede de radiodifusão sonora digital terrestre (T-DAB), argumentando com os "avultados custos que esta operação comporta". A emissora consolou os ouvintes lesados por já terem adquirido equipamentos de receção digitais argumentando que "a esmagadora maioria dos equipamentos que servem para ouvir rádio pelo sistema T-DAB também rececionam FM". O que equivale a dizer que os donos de aparelhos que não têm recetor FM podem deitá-los no lixo.

Cidadãos utilizam a Internet para exigir mudanças

Há um intenso movimento nas redes sociais, na blogosfera, no YouTube e nos fóruns online, que tem reivindicado mudanças no modelo de TDT adoptado em Portugal, como por exemplo este movimento no facebook que pede o aumento de numero de canais na tdt : https://www.facebook.com/MaisCanaisNaTDT

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luis09andrade
luis09andrade
, Parchal, Faro, Portugal
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